2 de maio de 2024 08:19

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‘Operação Canguçu’ completa 15 dias e PM diz que criminosos fizeram até simulações do crime para encontrar rotas de fuga melhores

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'Operação Canguçu' completa 15 dias e PM diz que criminosos fizeram até simulações do crime para encontrar rotas de fuga melhores

Completando 15 dias, a ‘Operação Canguçu’ continua em andamento, até agora sete suspeitos foram mortos durante confrontos com as forças de segurança no local e mais dois foram presos.

A ação pretende capturar o grupo criminoso tentou assaltar uma transportadora de valores em Confresa (MT) e fugiu para o Tocantins, o mesmo teria feito até simulações encontrar as melhores rotas de fuga, antes de executar o crime.

Um dos suspeitos presos foi encontrado em um ônibus, disfarçado com roupas e calçados novos para esconder ferimentos e picadas de mosquitos pelo corpo após passar dias na mata. O veículo foi parado em um bloqueio da PM feito na TO-080.

“Eles planejavam esse assalto há dois anos. Eles fizeram, inclusive, simulação, de fuga. Todos estão com dinheiro em espécie no bolso, prevendo uma situação dessas. Talvez não imaginava que precisaria comprar uma muda de roupa lá em tal cidade, em tal dia, mas estava com dinheiro porque sabia que precisava pegar um ônibus, fugir de alguma forma”, disse o major Marcos Morais, porta voz da PM, em entrevista ao g1.

Segundo o militar, a polícia acredita que pelo menos 11 suspeitos ainda estejam espalhados pela mata. Cinco deles teriam fugido para o território paraense em embarcações e os demais ainda estão na zona rural do Tocantins.

“Eles estão encurralados, estão sem recursos. Chega um momento em que a fome o desespero bate, eles vão chegar na casa de alguém. Fica uma situação complicada”.

A força-tarefa conta com cerca de 350 policiais e continua mobilizada na região oeste e sudoeste do estado, percorrendo a zona rural de pelo menos quatro municípios, além de manter bloqueios em estradas e rodovias.

“A operação vai continuar enquanto a gente tiver indícios de que eles estão em movimentação naquela região. Com certa frequência os policiais recebem informação de pessoas que saíram de casa e encontraram as luzes apagadas, roupas sumindo do varal. Essas informações indicam movimentação, são indícios de que eles estão em movimentação pela região”, disse o major.

Saiba mais

A caçada aos criminosos que aterrorizaram a cidade de Confresa (MT) e fugiram para o Tocantins pelos rios Araguaia e Javaés começou no dia 10 de abril. Os suspeitos estão espalhados em uma grande faixa de zona rural dos municípios de Pium, Marianópolis, Araguacema, Caseara e também na Ilha do Bananal.

Durante a fuga os criminosos também aterrorizaram fazendas no Tocantins e fizeram reféns. O medo passou a fazer parte do cotidiano dos moradores da zona rural, onde os serviços públicos e a locomoção têm sido prejudicados. Nesta sexta-feira (21), a população recebeu cestas básicas.

As buscas são feitas com a ajuda de cinco aeronaves enviadas por outros estados, barcos, drone e cães. Moradores da região dão apoio com alimentos, pontos de internet, dormitório e estrutura das fazendas.

Durante a operação foi apreendido um verdadeiro arsenal com capacetes e coletes, armamento pesado e munições de uso restrito das Forças Armadas, por serem utilizados em guerra. Todo o material deverá ser entregue às polícias de Mato Grosso, onde o grupo começou a ação criminosa.

A Polícia Militar do Tocantins e de Mato Grosso identificaram dois dos integrantes da quadrilha. Eles são Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos, que morreu em confronto, e Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, que foi preso após fazer o funcionário de uma fazenda refém.

Os outros mortos e presos ainda não tiveram as identidades divulgadas.

Fonte: G1 TO

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