Foi condenado a 11 anos e três meses de prisão em regime inicialmente fechado o motorista Ronaldo da Silva, acusado de provocar o acidente que matou três pessoas da mesma família em 2015, na TO-050, em Palmas. A Justiça entendeu que ele estava embriagado no momento da batida e que por isso assumiu o risco de matar. Ele vai poder recorrer em liberdade.
- Publicidades -
A caminhonete que Silva dirigia atravessou o canteiro central da TO-050 e atingiu o carro em que estavam o casal e os dois filhos. Apenas uma das crianças sobreviveu. Durante o depoimento, Ronaldo chegou a chorar e admitiu ter bebido na noite do acidente, mas disse que quando começou a dirigir já estava lúcido. Ele afirmou ter perdido o controle da direção porque a pista estava escorregadia.
O acidente aconteceu em março de 2015. O casal Ana Carolina Noda Estevam, de 28 anos, e Bruno Sousa Estevam Santos, também de 28, morreu no local. O filho mais velho deles, Enzo Massahari Noda, de nove anos, chegou a ser internado, mas não resistiu e morreu no Hospital Geral de Palmas.
O julgamento começou durante a manhã e cinco pessoas foram ouvidas, além do próprio acusado. Uma das testemunhas foi um policial militar que atendeu a ocorrência.
O PM voltou a dizer que o motorista apresentava sinais de embriaguez no momento do acidente. Parentes das vítimas e do acusado também foram ouvidos no tribunal.
“O caso de hoje tem uma peculiaridade porque a denúncia foi sustentada pelo dolo eventual, ele não tinha a intenção direta, mas ao beber e imprimir uma velocidade acima do permitido assumiu o risco de acontecer. Então, nós vamos sustentar nesse caso o dolo eventual”, disse o promotor Breno Simonassi.