Os agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Araguaína iniciaram nesta segunda-feira, 11, a instalação de dispositivos inovadores para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A ação inclui o uso de caixas que liberam os chamados “Aedes do Bem”, mosquitos geneticamente modificados para reduzir a população de fêmeas, responsáveis pela transmissão dessas doenças.
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As caixas, contendo ovos de mosquitos machos modificados, estão sendo instaladas em árvores e postes de 14 bairros com altos índices de casos. A superintendente de Vigilância em Saúde, Tayalla Lopes, orientou que a população evite interferir nas caixas. “Esses mosquitos machos não picam humanos, pois se alimentam apenas de néctar e seiva de plantas”, explicou ela.
Araguaína é a primeira cidade do Tocantins a adotar essa tecnologia sustentável, aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em 2020. Desenvolvida pela empresa britânica Oxitec, a iniciativa conta com 900 caixas reutilizáveis, reabastecidas mensalmente com novos ovos. Após um ciclo de crescimento de 10 a 14 dias, os mosquitos machos modificados acasalam com fêmeas locais, gerando descendentes que não atingem a fase adulta, contribuindo para a redução da população de Aedes aegypti.
A secretária de Saúde, Ana Paula Abadia, destacou as expectativas em torno do projeto: “Esperamos uma redução significativa nas doenças transmitidas. Em outras cidades, a tecnologia resultou em até 96% de redução na população de Aedes aegypti. Nossa meta é alcançar uma diminuição de aproximadamente 90%”, afirmou.
Dados recentes do CCZ indicam um aumento de 43% nos casos de dengue entre janeiro e setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023, reforçando a necessidade de medidas eficazes. Além das novas caixas, o CCZ continuará com as visitas residenciais para eliminação de criadouros do mosquito.