Com poucos convidados presenciais, em um plenário dividido com placas de acrílico como medida contra o contágio pelo coronavírus, o ministro Luiz Fux toma posse, nesta quarta-feira (10/9), como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para o biênio 2020-2022, no lugar do ministro Dias Toffoli. A ministra Rosa Weber será conduzida ao cargo de vice-presidente das duas Casas.
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Dentre os convidados presenciais, estão o presidente da República, Jair Bolsonaro; os presidentes do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; o procurador-geral da República, Augusto Aras; o presidente do Conselho Federal da OAB, Felipe Santa Cruz; os ministros da Casa; familiares e amigos mais próximos dos empossados.
Assista:
https://youtu.be/sU67C68t9Zo
A trajetória de Fux
Fux, que foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2011, é conhecido pela postura reservada e rigorosa que costuma adotar nos julgamentos da Corte. Ao contrário de Toffoli, que impôs derrotas à Operação Lava Jato, Fux segue uma linha mais “lavajatista”
Nascido no Rio de Janeiro, no dia 26 de abril de 1963, Luiz Fux conquistou, aos 27 anos, o primeiro lugar em concurso público para juiz de direito nas comarcas de Niterói, Caxias, Petrópolis e Rio de Janeiro. Depois, seria nomeado como desembargador do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).
Na sequência, em 2001, o magistrado assumiu o cargo de ministro no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde permaneceu por 10 anos. Nas três ocasiões, ele foi o mais jovem a ingressar nas carreiras, conforme o STF.
No Supremo, Fux foi nomeado em 2011, para o lugar de Eros Grau. De acordo com o STF, desde que assumiu o cargo na Corte, até março deste ano, o gabinete dele emitiu cerca de 77 mil despachos e decisões. O ministro ocupou a presidência da 1ª Turma e presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018.
Nos bastidores, a expectativa é de que o magistrado se afaste ao máximo do mundo político, tirando os holofotes da Corte em relação às polêmicas entre os Três Poderes. Com perfil técnico, o ministro deve mantar o diálogo com o Executivo e o Legislativo apenas em questões relacionadas ao trabalho, sem visitas ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e às autoridades do Congresso Nacional.