O governo brasileiro lançou nesta terça-feira (18) um pacote de R$ 3 bilhões para prevenir atentados em escolas públicas em todo o país. O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma reunião em Brasília com ministros de Estado, governadores, prefeitos, ministros do Supremo e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
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A maior parte da verba será proveniente de um adiantamento de uma parcela do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) e de recursos do Ministério da Educação que estavam parados desde 2022. Em abril, o governo já havia disponibilizado R$ 150 milhões para ampliar as rondas escolares.
Durante o anúncio do pacote de prevenção a ataques em escolas, o presidente Lula enfatizou a importância da participação dos pais na recuperação de um processo educacional correto nas escolas e reforçou que não basta só aumentar muros e instalar detectores de metais:
“A gente não vai resolver esse problema só com dinheiro, elevando o muro da escola, colocando detector de metais. Sem a participação dos pais a gente não recupera um processo educacional correto nas escolas. Não vamos transformar nossas escolas numa prisão de segurança máxima, que não tem solução”, afirmou o presidente.
Presente na reunião, o governador do Maranhão, Flávio Dino, apresentou um balanço de ações diante do aumento dos ataques em escolas. Segundo dados do portal UOL, em dez dias, 225 pessoas foram presas sob suspeita de relação com planos ou ações de violência escolar.
O ministro da Justiça, por sua vez, informou que as redes sociais derrubaram 756 perfis que reproduziam discursos de ódio. Além disso, o governo vem recorrendo à legislação de defesa do consumidor contra as plataformas que desobedecem pedidos de retirada de conteúdos, como mostrou um Expresso do Nexo publicado em 13 de abril.
O ministro do Supremo e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, que também participou da reunião, afirmou que as plataformas precisam dar mais transparência a seus algoritmos para que postagens que incentivam a violência escolar sejam combatidas com mais eficiência, como registrou o site Poder360.