Uma mulher investigada pela Polícia Federal na operação Imhotep teve que voltar para a cadeia após ser flagrada descumprindo a prisão domiciliar. Dagna Martins foi filmada por uma câmera de segurança enquanto estava em um bar na cidade de Sampaio, norte do Tocantins.
- Publicidades -
As imagens foram gravadas no dia 21 de outubro, às 20h28 da noite. A investigada entrou no local, puxou uma cadeira e sentou com um grupo de pessoas que bebia cerveja. Dagma Martins é uma pregoeira que suspotamente teria ajudado a fraldar licitações em cidades do norte do estado.
Por causa do vídeo, a juíza federal Ana Carolina de Sá Cavalcanti decretou a prisão preventiva e a investigada voltou para o regime fechado por tempo indeterminado. A juíza explica que antes de decretar a prisão preventiva pediu para a mulher se explicar, mas os argumentos foram considerados totalmente sem lógica. A decisão ainda destaca que a prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua casa, só podendo se ausentar do local com autorização da Justiça.
Dagna Martins agora está no presídio de Babaçulândia, também no norte do Tocantins. A defesa dela informou que na prisão domiciliar a Justiça não havia fixado restrições de deslocamentos e informou que vai recorrer no Tribunal Regional Federal da 1ª região, em Brasília.
Entenda
Dagna Martins é alvo da operação Imhotep da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União realizada no dia dois de outubro. Segundo as investigações, ela trabalhava com pregão em vários municípios do Tocantins e é suspeita de fraudar licitações. Os valores ultrapassam os R$ 2 milhões.
A investigação teve início com a notícia apresentada por um morador de uma das cidades do Bico do Papagaio, narrando irregularidades na contratação de uma falsa cooperativa de transporte. Ainda segundo ele, os sócios da instituição eram assessores parlamentares de um deputado do Tocantins.
A Polícia Federal e Controladoria Geral da União identificaram através das investigações uma organização criminosa que fraudou, mediante pagamento de propina, mais de 20 processos licitatórios. Cinco empresas ligadas ao grupo criminoso foram favorecidas.
Conforme a CGU, no decorrer das investigações, foi apurado que entre os anos de 2017 e 2018 a cooperativa de fachada, cujo capital social é de R$ 6,5 mil, foi favorecida por empenhos em 19 municípios, totalizando mais de R$ 16,6 milhões, em contratos superfaturados e prestados de forma integral por terceiros. O dano aos cofres públicos apurado é de aproximadamente de R$ 2,8 milhões.
Com informações do G1 TO