Brasil – O Ministério de Minas e Energia deve anunciar na quarta-feira (16) a decisão sobre a adoção do horário de verão para 2024. De acordo com informações de integrantes do governo, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentará estudos atualizados sobre as condições de atendimento de energia aos consumidores e possíveis mudanças no cenário hidrológico.
Economia
Segundo o ONS, a implementação do horário de verão neste ano pode gerar uma economia de R$ 400 milhões, especialmente devido ao aproveitamento mais eficiente das fontes de energia solar e eólica. Com o adiantamento dos relógios, a demanda máxima de energia poderá ser reduzida em até 2,9%, promovendo um melhor alinhamento entre o consumo e os horários de pico de produção dessas fontes de energia renovável.
No início de outubro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o horário de verão será adotado somente se for “imprescindível”. Ele ressaltou que a decisão final levará em conta as condições hidrológicas do país e a necessidade de se evitar o acionamento de termelétricas, que são mais caras e poluentes.
Geração e consumo de energia
Historicamente, o horário de verão foi instituído para reduzir o consumo de energia, aproveitando o período de luz natural durante os meses de maior demanda. Implementado anualmente desde 1985, a prática foi suspensa em 2019 devido à mudança nos hábitos de consumo e à redução dos benefícios econômicos.
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Contudo, em 2024, o governo estuda o retorno do horário de verão com foco na eficiência energética e na geração solar e eólica. A medida pode contribuir para a redução do uso de termelétricas, que dependem de combustíveis fósseis, oferecendo uma alternativa mais sustentável. Com as usinas solares operando durante o dia e as eólicas gerando mais energia à noite, o horário de verão pode melhorar o encaixe entre oferta e demanda de energia no sistema elétrico nacional.