Protestos foram realizados por professores em greve nesta quinta-feira (02), na cidade de Peixe do Tocantins, no Sul do Estado. Após 15 dias letivos sem dar aulas, a categoria segue mobilizada em defesa do reajuste do piso do magistério do ano de 2022 e ao cumprimento da lei do PCCR da educação municipal. Os professores pedem além do reajuste imposto, também direitos trabalhistas que lhes assegure.
Segundo a presidente do Sindicato dos Profissionais em Educação (Sintet), Gabriela Zanina, o prefeito do município, Augusto Cézar Pereira dos Santos, mantém-se indiferente às reivindicações. “É como se não se importasse com a educação. Nós professores só estamos reivindicando nossos direitos e cabe ao prefeito organizar os recursos da educação e cumprir a lei que é pagar nossos direitos. Trabalhamos com compromisso e responsabilidade com nossa função, nada mais justo que sermos respeitados e ter nossos direitos garantidos”, afirma.
O Sindicato informa que a greve continua até que o prefeito apresente uma proposta que contemple a categoria.
A gestão de Peixe, diz concordar com o fato da classe brigar por seus direitos, mas alega não ter condições de arcar com as reivindicações da categoria e que já apresentou proposta. “O município tem apresentado para a classe a não condição hoje de dar esses reajustes porque o município já está aplicando com os professores os 70% que é devido para aplicar com folha de pagamento, já está aplicando com a folha de pagamento dos professores os 30% que é para a manutenção das escolas e manutenção da educação, e hoje nós temos escolas, transporte escolar, que estão precisando de melhorias, como estamos fazendo investimento nas escolas que já recebemos com o Ministério Público cobrando manutenção pela condição que as escolas se encontravam”, explica o prefeito Augusto César.
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Hoje, como reforça o gestor, se o município passar a se comprometer cada vez mais, precisará deixar de investir em transporte escolar, melhoria das escolas, merenda, dentre outras demandas da pasta. A greve, segundo o prefeito, tem afetado mais de mil estudantes. “Essa greve hoje afeta muito. Além de ser um ano importante para avaliação da educação, para que possamos receber futuras complementações, ano de avaliação do Ideb, a gente também já está saindo de um período muito grande de pandemia em que as nossas crianças já perderam muito no aprendizado. Isso afeta muito o aprendizado das nossas crianças. É preocupante isso“, analisa.
A gestão pede que as aulas sejam mantidas e que a educação lute por seus direitos pelas vias judiciais. “Reconheço que tem a Lei do PCCR no município, lei que o município não está dando conta de cumprir com ela e que a gente tem que trabalhar para que o município futuramente venha a cumprir porque é importante para a carreira do professor, mas no momento o município não está tendo recursos financeiros para manter o PCCR do município em dia tanto com a classe da educação, como do quadro geral e da saúde […] Peço que revejam a greve, que possam retornar as aulas e que lutem pelas vias judicias”, declara o prefeito.
O município já acionou a Justiça e aguarda decisão. “Lembrando que todos os servidores estão com seus salários em dia. O município paga rigorosamente em dia, entre o dia 27, 28, sem nem deixar virar o mês. E também lembrando que a gente assumiu o município e tinham professores que tinham dívidas de 2016 e acertamos, professores com direitos na Justiça e sentamos com o sindicato”, acrescenta Augusto César.
Dia 27 de fevereiro a Secretaria da EducaçpROFEWão de Peixe, juntamente com o prefeito, já havia apresentado ao Sintet e vereadores a inviabilidade em conceder a progressão do PCCR aos professores do município.