Com o retorno das aulas presenciais em algumas cidades e o ensino à distância em outros lugares, inclusive na rede estadual e nas escolas municipais de Palmas, porém o final do ano se aproxima e os alunos se preocupam com a forma de avaliação e se serão aprovados em 2020.
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Os irmãos Guilherme e Fernanda, por exemplo, tiveram três meses de aulas pra valer. Isso juntando o ensino remoto, que começou em setembro na capital, com o presencial que eles tiveram até março.
A mãe não quer ver ninguém na mesma série em 2021. “Já estamos passando por um período de pandemia, onde muitas coisas são restritas, onde eles têm a restrição de não ir à escola, interagir com os colegas, os professores. Isso que eles desejariam. Se houver reprovação desestimula muito mais”, comentou Osita Nepomuceno do Nascimento .
A Secretaria de Educação de Palmas informou que a aprovação não é automática, mas que vai avaliar caso a caso todos os alunos da rede municipal, principalmente os que não estão fazendo as atividades remotas. A responsabilidade da avaliação depende de cada escola.
Na rede estadual de ensino do Tocantins o ano letivo deve chegar ao fim, ainda em 2020, apenas para os estudantes da última etapa do ensino médio. Eles começaram as aulas não presenciais em julho e podem voltar às escolas ainda neste mês.
Para as outras series, não tem previsão de volta às aulas presenciais e a expectativa é elas sejam concluídas até fevereiro de 2021.
O gerente de currículo e avaliação da aprendizagem da Secretaria de Educação disse que o desenvolvimento dos cerca de 140 mil alunos está sendo analisado por meio de atividades distribuídas de 15 em 15 dias. Além desses exercícios, provas podem ser aplicadas.
“Não tem como avaliar o estudante desconsiderando o momento que a gente está vivendo. Então, eles fazendo esse processo avaliativo e levando em consideração esse momento que estamos vivendo de pandemia da Covid-19, tem total autonomia qual seu formato de avaliação e aprovação e reprovação daquele estudante”, afirmou Jhonata Moreira.
O conselho nacional de educação sugeriu que as instituições e redes de ensino revejam as estratégias para avaliar os alunos. A recomendação é para que sejam adotadas medidas para minimizar os prejuízos ao aprendizado, mas também a reprovação escolar.
“Se esses estudantes não tiveram a oportunidade de estudar como deveria, como era esperado para um ano letivo normal, então aprovar não é possível e reprovar também não é possível pela mesma razão. Nem aprovar e nem reprovar. Creio eu que a alternativa apontada pelo conselho nacional de educação é uma alternativa boa, que é a junção do ano letivo de 2020 e 2021”, comentou o doutor em educação José Lauro Martins.