A cada 10 de março, é comemorado o Dia Mundial do Lúpus, e a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) busca aumentar a conscientização sobre essa doença, seus sintomas e sinais de alerta. No Brasil, de acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Reumatologia, existem aproximadamente 65.000 pessoas com lúpus, sendo a maioria delas mulheres.
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No estado do Tocantins, há oito anos, os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) contam com o Serviço de Reumatologia do Hospital Geral de Palmas (HGP). Desde a sua criação, cerca de 110 pacientes foram atendidos no local, sendo que somente em março deste ano, 15 pacientes com lúpus receberam tratamento.
O médico reumatologista Paulo Geovanny Pedreira, coordenador do serviço de reumatologia do HGP, explicou que:
“os principais sintomas do lúpus incluem dores nas articulações, sensibilidade à luz solar, feridas na boca e em áreas íntimas. Em casos mais graves, a doença pode afetar os pulmões, rins e até mesmo o sistema nervoso. É importante procurar ajuda médica ao apresentar esses sintomas e realizar exames que possam indicar uma doença autoimune.”
O coordenador acrescentou que: “o tratamento no HGP é voltado para pacientes diagnosticados com a doença, sendo um hospital terciário que oferece consultas para o controle da doença e internações quando necessário. O centro de infusão de reumatologia também realiza tratamentos específicos, como a pulsoterapia, para pacientes com lúpus que necessitam de cuidados mais intensivos.”
Esmaylanne Barbara Pereira de Souza, residente em Palmas, realiza tratamento no HGP há um ano e relata sua experiência:
“Eu tive complicações durante a gravidez e comecei a sentir alguns sintomas. Recebi atendimento da equipe de nefrologia do HGP, que foi muito atenciosa. Foi de suma importância, me acalmou, me orientou e solicitou uma série de exames. Foi assim que descobri que tinha lúpus, o qual causou inflamação nos meus rins. Iniciei o tratamento com pulsoterapia mensal no Centro de Infusão do HGP e agora faço consultas a cada três meses para ajustes na medicação com a equipe de Reumatologia. A equipe é ótima. Além disso, continuo fazendo hemodiálise. Quanto ao tratamento, os profissionais que administram a medicação no setor de pulsoterapia são extremamente gentis. Nunca fiquei sem medicação e tomei todas as doses corretamente. O lúpus é uma doença autoimune sem cura, mas com o tratamento adequado é possível levar uma vida normal”,
afirmou Esmaylanne.