Os vírus que causam infecções respiratórias circulam durante todo o ano no Brasil, conforme a sazonalidade de cada região. No Tocantins, essa sazonalidade coincide com o período chuvoso, normalmente de dezembro a maio, entretanto, de acordo com a equipe técnica da Central de Vacinas da Secretaria Municipal de Saúde (Cemuv/Semus), este ano os vírus começaram a circular mais cedo. Daí a necessidade de reforçar alguns cuidados para prevenir essas infecções.
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Grande parte dessas infecções respiratórias (gripes e resfriados) são causadas por vírus, dentre eles o vírus Influenza. Os principais sinais e sintomas são: febre, tosse, dor de garganta, coriza, mal estar, dores no corpo. Outros agentes etiológicos como vírus sincicial respiratório (muito frequente em crianças), adenovírus, rinovírus também circulam em nosso ambiente e são também responsáveis por quadros gripais. No entanto, o vírus influenza tem maior relevância nesse cenário devido à maior possibilidade de sintomas mais exacerbados e agravamento do quadro, especialmente quando ocorre em grupos mais vulneráveis como crianças pequenas, gestantes, idosos e portadores de doenças crônicas.
No caso da Influenza, existem três tipos de vírus: A , B e C. Os vírus A e B circulam frequentemente no Brasil e dentre eles o influenza A H1N1 e o influenza A H3N2 são os mais encontrados. “Pelo nosso histórico, sabemos que a circulação dos vírus começa por volta do mês de dezembro e vai até o mês de abril ou maio. Essa é a nossa sazonalidade, não só do vírus Influenza, mas de outros vírus respiratórios. Esse ano, o que percebemos é que a nossa sazonalidade se antecipou, estamos em novembro ainda, as chuvas ainda estão irregulares, e já estamos detectando a circulação desses vírus”, ressalta a enfermeira da Cemuv, Juliana Araújo.
A enfermeira ressalta que essas infecções respiratórias não são de notificação compulsória (obrigatória). “Apesar de não ser uma doença de notificação compulsória, porque não se notifica gripe, só notifica casos graves que levam à internação, a recomendação é para que os profissionais estejam atentos a casos suspeitos para fazer o manejo adequado, com exames, tratamento e orientação ao paciente quanto às complicações porque se não houver o manejo adequado e oportuno, pode ocorrer o óbito”, reforça.
Recomendações
O Ministério da Saúde orienta medidas de higiene respiratória para reduzir o risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, tais como:
– Frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
– Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
– Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
– Manter os ambientes bem ventilados;
– Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos;
– Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados).
Se apresentar sintomas gripais:
– Evitar sair de casa no período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas);
– Afastar-se temporariamente das atividades laborais e escola;
– Hidratar-se e tentar se alimentar bem;
– Manter repouso;
– Ficar atento ao surgimento de sinais de gravidade como: persistência da febre, desconforto respiratório, dificuldade para respirar;
– Se surgirem sinais de gravidade, procurar atendimento médico rapidamente.