ALERTA: Mais de 100 municípios do Tocantins registram presença de Barbeiro transmissor da doença de Chargas; confira

No dia 14 de abril é comemorado o Dia Mundial da Doença de Chagas, uma doença negligenciada presente em mais de 21 países da América Latina, incluindo o Brasil. O Tocantins é um estado endêmico da doença e conta com a presença do inseto transmissor, o barbeiro, na grande maioria dos municípios.

Em 2022, foi confirmado apenas um caso da doença de Chagas aguda no Tocantins, no município de Colmeia, e foram identificados 104 municípios com captura do barbeiro. Destes, 62 capturaram triatomíneos contaminados com o protozoário transmissor da doença.

Além disso, dos municípios que capturaram os insetos, 75% dos achados foram em zona urbana. Destes, 38% estavam positivos (infectados) e 20% foram capturados em prédios públicos, destes 19% estavam positivos. Em 2023 ainda não houve registros de casos confirmados da doença.

A gerente de Vigilância e Controle de Doenças Tropicais Negligenciadas da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Carina Graser Azevedo, destaca a importância do trabalho das equipes de vigilância dos municípios para evitar a contaminação das populações.

“Os serviços de saúde foram impactados com a pandemia, em muitos casos houve redução ou paralisação. No controle da doença de Chagas o Tocantins registrou em 2019, 126 municípios com capturas de barbeiros, com 65% deles positivos (infectados), este número reduziu nos anos seguintes, o que nos deixa preocupados, porque constitui um aumento do risco de transmissão da doença devido ao maior número de pessoas exposta à provável contaminação sem as medidas de controle e prevenção que devem ser retomadas por todos os municípios”, disse.

A SES-TO trabalha com os 139 municípios em ações de vigilância e assistência, instituindo cinco estratégias prioritárias, as quais são desenvolvidas pelas secretarias municipais de Saúde e avaliadas.

A doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, e a transmissão pode ocorrer pelo contato com fezes de parasitos infectados, após picada pelo inseto barbeiro; pela ingestão de alimentos contaminados com parasitos; transmissão de parasitos de mulheres infectadas para seus bebês, durante a gravidez ou o parto; transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios e acidentalmente, pelo contato da pele ferida ou de mucosas, com material contaminado.

É importante conscientizar a população sobre a doença para melhorar as taxas de tratamento e cura precoce, além de interromper sua transmissão. A adoção de medidas efetivas que envolvam a participação popular e o aumento do conhecimento e ações dos serviços de vigilância nos municípios é essencial para combater a doença.