Saúde
ALERTA! Casos de dengue crescem 735% em um ano, no Tocantins; Sete em cada dez focos do mosquito estão dentro de casa
O período chuvoso mal começou e os números de dengue estão muito maiores do que no passado. O crescimento em todo estado foi de 735% e é justamente nessa época do ano que o mosquito Aedes Aegypti encontra condições ideais pra se reproduzir. Em 2019, mais de cinco mil casos de dengue foram confirmados só em Palmas.
Equipes da Prefeitura de Palmas percorreram casas do Jardim Aureny II, nesta quarta-feira (20), para alertar os moradores e orientar sobre como cuidar dos quintais. Na casa da Zenaide Ribeiro os agentes encontraram alguns focos do mosquito. “Vou cuidar mais de perto, os cuidados vão ser mais intensos. Eu sei que quando voltarem aqui não vão mais encontrar esses bichinhos”, prometeu a moradora.
Segundo a Secretaria de Saúde de Palmas (Semus), pelo menos sete em cada dez focos do mosquito que transmite a dengue, estão dentro de imóveis residenciais. Por isso que a conscientização dos moradores e visita nas casas são tão importante.
“Naquele cantinho que às vezes a gente acredita que não tem o foco é onde pode estar o problema”, comentou o agente de combate a endemias Wender Maia.
Em todo estado os números são altos, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. Entre janeiro e novembro desse ano, 136 dos 139 municípios registaram casos suspeitos de dengue. Desse total, 114 confirmaram que havia moradores com a doença. Foram 11.750 mil casos confirmados em 2019.
Em 2018, os números da dengue não chegaram 1,5 mil confirmações. Os casos confirmados de Zika também tiveram alta: subindo de 53 para 163 em um ano. Aumento de 208%.
“Aquela tampinha de garrafa, aquele copo descartável que ficou jogado no quintal lá no verão e os mosquitos colocaram os ovos lá atrás, quando vem uma chuvinha ele enche de água e retoma o ciclo de reprodução”, disse a bióloga da Semus, Amanda Alexandrino.
No caso da chikungunya houve queda de 38% no número de casos, entre 2018 e 2019: de 83 para 51 casos. “80% dos criadouros, dos focos ficam dentro dos imóveis, sejam eles dentro da residência ou de algum comércio. Então, existe essa corresponsabilização e a gente precisa trabalhar muito nessa questão”, disse a diretora de Vigilância das Doenças Vetoriais e Zoonoses do Estado, Mary Ruth.
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