Na sessão da Câmara Municipal de Palmas, realizada no último dia 23 de agosto, a vereadora Laudecy Coimbra elevou o tom de suas críticas à gestão municipal. Com uma postura firme e argumentos embasados, Coimbra trouxe à luz a aparente negligência da Prefeitura em relação às pessoas com deficiência e os problemas enfrentados pelos usuários do transporte coletivo da cidade. A parlamentar, conhecida por sua atuação incisiva, fez questão de detalhar cada ponto de insatisfação, buscando uma resposta da administração municipal.
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Em meio à Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, Coimbra expressou sua indignação com a ausência de representantes da Prefeitura em um evento dedicado ao tema. “É lamentável que, em um momento tão crucial, a Prefeitura mostre total desinteresse por uma parcela tão significativa da nossa população”, declarou a vereadora, reforçando a necessidade de políticas públicas mais efetivas.
No tocante ao transporte coletivo, Coimbra foi enfática ao criticar a gestão atual. “Em uma era onde a digitalização é a norma, Palmas parece estar presa em décadas passadas”, comentou a vereadora, aludindo ao sistema obsoleto que só aceita pagamento em dinheiro vivo. Ela prosseguiu, questionando a falta de transparência na arrecadação e a demora na contratação de uma transportadora de valores. “É inaceitável que, em pleno 2023, a Prefeitura mantenha um sistema tão arcaico e opaco. Onde está a transparência prometida?”, indagou Coimbra.
Ao abordar as preocupações dos estudantes sobre a bilhetagem eletrônica, Coimbra destacou a crescente demanda por um sistema mais atualizado e eficiente. “Recebemos constantemente feedbacks e questionamentos dos cidadãos, especialmente dos jovens que são usuários frequentes do transporte público. Eles clamam por inovação e praticidade, mas, infelizmente, até o momento, a gestão municipal não apresentou soluções concretas ou respostas satisfatórias”, enfatizou a vereadora. Essa lacuna na gestão do transporte coletivo não só evidencia a insatisfação dos usuários, mas também coloca Palmas em descompasso com as tendências de modernização vistas em outras cidades no Brasil afora. Coimbra acrescentou: “Nossa população merece um sistema que esteja à altura das tecnologias atuais. Não podemos deixar que Palmas fique para trás nesse aspecto tão fundamental para a mobilidade urbana”.
Ao trazer à tona a delicada situação das pessoas em situação de rua em Palmas, Coimbra evidenciou uma problemática que, muitas vezes, é invisibilizada. “É alarmante pensar que, em nossa cidade, mais de 300 indivíduos não têm um teto para chamar de seu. Estamos falando de seres humanos, de cidadãos que, por diversas circunstâncias, encontram-se em uma condição de extrema vulnerabilidade”, destacou a vereadora, com um tom de preocupação em sua voz. Ela prosseguiu, questionando a eficácia das ações governamentais: “Diante deste cenário, é necessário perguntar: O que está sendo feito? Onde estão as iniciativas e programas que deveriam amparar essas pessoas? Os Centros de Referência de Assistência Social – CRAS têm um papel fundamental nesse contexto, mas qual tem sido sua atuação efetiva para reverter ou, ao menos, amenizar essa realidade?”. Coimbra concluiu, fazendo um apelo à consciência coletiva: “Não podemos nos tornar insensíveis a essa situação. É nosso dever, enquanto sociedade e gestão pública, buscar soluções e garantir dignidade a todos os palmenses”.
Concluindo seu discurso, Coimbra fez um apelo veemente à gestão municipal. “Não podemos nos iludir com uma falsa realidade. A população palmense clama por ações, por respostas e, acima de tudo, por respeito”, finalizou a vereadora, esperando que suas palavras sirvam de reflexão para a Prefeitura.