O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retornou ao Brasil na manhã desta quinta-feira (30) após uma temporada de 89 dias nos Estados Unidos. Seu objetivo é liderar a oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas terá que lidar com investigações que vão desde o caso das joias da Arábia Saudita até os ataques de 8 de janeiro.
- Publicidades -
Bolsonaro chegou no aeroporto internacional de Brasília às 6h38 e não saiu pelo saguão tradicional, mas por uma passagem que dá acesso ao hangar da Polícia Federal, seguindo determinação das autoridades de segurança.
Dezenas de apoiadores do ex-presidente se reuniram no saguão do aeroporto para recepcioná-lo, mas Bolsonaro saiu por outro local, sem dar satisfações aos seus apoiadores. A imprensa também não foi autorizada a acompanhar o evento com correligionários e apoiadores que o ex-mandatário participou na sede do PL.
Durante sua temporada nos EUA, Bolsonaro ficou hospedado na região de Orlando (Flórida), inicialmente na casa que pertence ao ex-lutador de MMA José Aldo, e participou de eventos políticos conservadores. Os gastos com dinheiro público da viagem do ex-presidente já se aproximavam de R$ 1 milhão em fevereiro. Do território americano, viu os ataques golpistas promovidos por seus apoiadores, que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal).
Desde a derrota eleitoral para Lula, Bolsonaro adotou uma postura de reclusão, com raras aparições públicas. Ele viajou aos Estados Unidos em avião da FAB (Força Aérea Brasileira), utilizando a estrutura da Presidência da República. Seu silêncio e resistência a reconhecer o resultado da eleição ajudaram a alimentar teorias golpistas entre seus apoiadores. O retorno de Bolsonaro chegou a ser anunciado algumas vezes por ele próprio e aliados, que depois recuaram.