17 de maio de 2024 09:06

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R$ 90 MILHÕES: Polícia Federal investiga empresários suspeitos de superfaturar leitos para pacientes internados com Covid em hospitais públicos do Tocantins

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R$ 90 MILHÕES: Polícia Federal investiga empresários suspeitos de superfaturar leitos para pacientes internados com Covid em hospitais públicos do Tocantins

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (22), sete mandados de busca e apreensão contra empresários suspeitos de organização criminosa, fraude à licitação e lavagem de dinheiro no Tocantins. As investigações da Operação Ophiocordyceps apontam que o grupo teria recebido cerca de R$ 90 milhões do governo para gerenciar leitos para pacientes com Covid em hospitais do estado e superfaturado o valor dos insumos e serviços. A ação criminosa teria a participação de agentes públicos.

Os sete mandados de busca estão sendo cumpridos em Brasília (DF), Belém (PA), Goiânia (GO) e São Paulo(SP), todos expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Tocantins. O objetivo é identificar todas as pessoas envolvidas, colher mais provas e recuper os recursos.

A PF informou que iniciou as investigações a partir de uma Nota Técnica emitida pela CGU. Os empresários investigados são de uma organização social contratada pelo governo do Tocantins para o gerenciamento de leitos clínicos e de terapia intensiva no Hospital Estadual de Combate à Covid- 19 (HECC), Hospital Geral de Palmas (HGP) e Hospital Regional de Gurupi (HRG).

O crime aconteceu durante a gestão dos hospitais entre 2020 e 2021. A suspeita é de que parte do valor teria como destino os próprios envolvidos.

“O suposto esquema envolveria superfaturamento, sobrepreço, pagamento por serviço não prestado ou pagamento em duplicidade e subcontratação de empresas de fachada localizadas em outros estados da federação. A ação criminosa teria a participação de agentes públicos e empresário vinculados à citada organização social”, informou a Polícia Federal.

Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraude à licitação e organização criminosa. Somadas as penas podem chegar a 23 anos de prisão, além da perda de bens e valores suficientes para a reparação do dano das infrações.

O nome “Ophiocordyceps” – fungo parasitário que controla o sistema nervoso de insetos – remete à forma como o sistema de combate ao Covid-19 no Tocantins teria sido dominado pela suposta organização criminosa.

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