15 de maio de 2024 08:23

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Operação da Polícia Civil prende membros de facção que teriam ameaçado juízes em Palmas; entenda

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Operação da Polícia Civil prende membros de facção que teriam ameaçado juízes em Palmas; entenda

A Polícia Civil cumpre 29 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão em oito cidades do Tocantins e também em Campo Grande no Mato Grosso do Sul. Os alvos da operação Praetorium Minati são membros de facção criminosa que teriam escrito cartas ameaçando juízes de Palmas. Em uma das cartas diz que um adolescente seria “recrutado” para assassinar um juiz da capital.  Até antes das 8 horas, 25 pessoas já foram presas.

No Tocantins, a operação acontece simultaneamente nas cidades de Palmas, Paraíso, Guaraí, Tocantinópolis, Colinas, Oliveira de Fátima, Arraias e Nova Rosalândia. No MS, um dos mandados de prisão está sendo cumprido no Presídio Masculino de Campo Grande.

Para o delegado Eduardo Menezes, responsável pela operação, todas as 29 pessoas com mandados de prisão preventiva estão interligadas e fazem parte de uma facção criminosa nacional que atual em todas as regiões do Tocantins.

O delegado afirma que no dia 18 de janeiro de 2018 uma carta escrita à mão foi encontrada no Pavilhão B da Casa de Prisão Provisória de Palmas. “O conteúdo do texto ora profere citações bíblicas com teor distorcido, ora ressalta que o autor precisa sair da unidade prisional a fim de que faça, segundo suas palavras, uma ‘união’ entre as facções”, explicou.

No texto também há uma ameaça a um juiz de Palmas. Na carta, o detento afirma que se continuasse preso o magistrado ‘queimaria no fogo do inferno’. Em outro bilhete apreendido havia uma encomenda de assassinato para o juiz com a intenção de que a morte dele traria respeito à organização criminosa. “No ponto, destaco que o criminoso responsável pela confecção do bilhete deixa claro aos seus destinatários que um adolescente de outro estado seria recrutado para execução do ‘serviço’”, disse o delegado.

O delegado Eduardo Menezes diz que o bilhete sobre o possível ataque ao juiz, foi detectado a partir do encontro de diversas anotações também em uma das celas do Pavilhão B da Casa de Prisão Provisória de Palmas.

Operação Praetorium Minati prende suspeitos de integrarem facção — Foto: Ascom SSP/DivulgaçãoOperação Praetorium Minati prende suspeitos de integrarem facção — Foto: Ascom SSP/Divulgação
Operação Praetorium Minati prende suspeitos de integrarem facção — Foto: Ascom SSP/Divulgação

Durante a investigação foi identificado que existem mais de 500 integrantes da facção em atuação pelo Tocantins. “O grupo é tão organizado que chega a fazer teleconferências entre os integrantes. Em um dos diálogos identificados, os suspeitos falam em comercialização de drogas na Praia da Graciosa. E em outro, falam da comercialização de cocaína pura”, afirmou Menezes.

Derivada do Latim, Praetorium Minati faz alusão à ameaça ao judiciário, responsável pela condenação de suspeitos indiciados por tráfico de drogas, associação criminosa entre outros. Participam da operação cerca de 150 policiais civis, contando com o apoio da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado-DRACCO, Divisões Especializadas de Repressão a Narcóticos-DENARC, Divisões de Homicídio e Proteção à Pessoa-DHPP , Delegacias Circunscricionais, do Grupo de Operações Táticas Especiais-GOTE e do Centro Integrado de Operações Especiais-CIOPAER.

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Divulgação

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