Plantão Policial
Justiça condena servidor público a mais de 37 anos de prisão por pedofilia e pornografia infantil em Tabocão
O servidor público, acusado pela Polícia Federal por pedofilia em Tabocão, no interior do Tocantins, foi condenado a mais de 37 anos de prisão pela Justiça Federal. De acordo com as investigações, o homem abusou sexualmente de cinco crianças e adolescentes entre os anos de 2019 e 2021. Além disso, ainda produziu imagens de pornografia infantil, armazenou e distribuiu os materiais na internet.
O homem foi preso preventivamente em março deste ano durante a operação Athoótita. Segundo a decisão do juiz João Paulo Abe, publicada nesta terça-feira (13), o homem confessou todos os crimes denunciados durante audiência. No andamento do processo a defesa chegou a alegar problemas psicológicos e insanidade mental, mas a tese não foi aceita.
“Sendo pessoa que ocupava cargo público e era socialmente produtiva, assim como o seu comportamento durante a instrução processual, demonstraram a compreensão da gravidade de suas condutas. Do mesmo modo, não foi observada qualquer suspeita sobre a integridade psíquica e sobre a saúde mental do réu, que durante a condução do processo manifestou empatia e se compadeceu ao perceber as consequências de seus atos sobre as vítimas e suas genitoras”, diz trecho da decisão.
A investigação começou depois que autoridades dos Estados Unidos identificaram 54 arquivos fotográficos de pornografia infantil armazenados, em nuvem, em uma conta do condenado. O caso foi reportado para à Polícia Federal e o homem foi identificado a partir do rastreamento do Protocolo de Internet – IP.
Após a apreensão de dispositivos eletrônicos, a PF encontrou mais 26 imagens contendo cenas de pornografia infantil com as vítimas e verificou que o réu disponibilizou, ao todo, 94 conteúdos na internet.
“Segundo descreve a denúncia, entre os anos de 2019 e 2021, o acusado […] praticou cinco atos libidinosos com três crianças e um adolescente, visando satisfazer sua lascívia. Cada uma das vítimas foi sexualmente abusada ao menos uma vez, com exceção de uma delas, violentada sexualmente por duas vezes”, diz a decisão.
O réu foi condenado pelo juiz federal por produzir, adquirir, armazenar e disponibilizar conteúdos de pornografia infantil. Também foi condenado por quatro estupros de vulnerável.
Todas as penas somaram 37 anos e 11 meses de prisão. Como o homem está preso há três meses, esse tempo será reduzido da pena. Ele ainda pode recorrer da decisão.
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