Em Palmas, famílias de refugiados da Venezuela estão à procura de moradia e trabalho. São cerca de 48 pessoas, que estão dormindo em um hotel há dois meses. Eles esperam conseguir uma vida melhor aqui na capital.
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Desde que cruzaram a fronteira, são mais de três anos, de cidade em cidade, em busca de emprego e de uma vida mais digna. “Eu poderia estar trabalhando de costureira, ou cozinheira, ou auxiliar de limpeza “, disse uma venezuelana, que tem dois filhos pequenos para criar.
Em Delta Amacuro, que fica a 600 quilômetros de Caracas, capital da Venezuela, o Geovane era professor. O salário médio lá é o equivalente a menos de R$ 50 por mês. Por isso, veio para o Brasil trazendo uma das filhas. “Isso não dava para eu comprar comprar para a filha, comida para o mês, roupa, fralda”.
No grupo, são 23 crianças, 18 meninos e cinco meninas, entre um e 12 anos. Os venezuelanos ocupam 13 dos 25 quartos de um hotel da cidade. As diárias pagas com o dinheiro que é pedido na rua. Em média, cada família paga pouco mais de R$ 2 mil para ficar nos quartos.
A Defensoria Pública da União fez uma série de recomendações ao governo federal, estado e município para que a situação humanitária dos refugiados fosse atendida, como direito ao trabalho e moradia digna.
“Vamos solicitar a criação de uma coordenação para facilitar a questão operacional, vamos também buscar apoio do estado, do municípios e dos demais órgãos, para que haja uma rede protetiva de apoio a estes povos que merecem acolhimento, merecem respeito”, disse o defensor público, Igor Rabelo.
Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência Social disse que tem dado assistência, oferecendo comida no restaurante comunitário, além de atendimentos médicos, psicológico, vacinação e emissão de documentos.