A Secretaria Municipal da Saúde (Semus) promove, neste sábado (9), uma ação de encoleiramento de cães para prevenir a leishmaniose em Palmas. A atividade acontece das 8h às 12h e abrange as regiões norte da cidade e o Jardim Taquari. Organizada pela Unidade de Vigilância e Controle de Zoonoses (UVCZ), a iniciativa visa proteger os animais contra o mosquito-palha, transmissor da doença conhecida como calazar.
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As coleiras distribuídas possuem propriedades repelentes e inseticidas, ajudando a afastar e eliminar o mosquito, o que reduz as chances de transmissão da leishmaniose aos cães.
Na região norte, os locais de atendimento incluem a Unidade de Saúde da Família (USF) da Arno 41 (403 Norte), a Escola Municipal Paulo Freire, na Arno 32 (305 Norte), e a USF da Arno 33 (307 Norte). No Jardim Taquari, a distribuição será realizada na Escola Municipal Lúcia Sales (Quadra T-22), na USF Jardim Taquari (Anexo) e no Projeto Associação Comitiva da Esperança (Capadócia).
Nesta etapa, os agentes farão a troca das coleiras dos animais já cadastrados na primeira fase e colocarão novas coleiras em cães ainda não atendidos. As áreas abrangidas pelo ciclo de encoleiramento incluem as quadras Arno 31 (303 Norte), Arno 32 (305 Norte), Arno 33 (307 Norte), Arno 41 (403 Norte), Arno 43 (407 Norte), Jardim Taquari e Jardim Aeroporto.
Requisitos para encoleiramento
A Semus informa que, para que o animal seja encoleirado, os tutores devem apresentar um comprovante de endereço atualizado. As coleiras são indicadas apenas para cães com quatro meses de idade ou mais e precisam ser trocadas a cada seis meses. É fundamental que os tutores cuidem para que as coleiras não sejam perdidas antes da próxima troca.
Além disso, a Semus ressalta que, após dois anos de uso contínuo das coleiras, com quatro ciclos de troca, é possível observar uma redução significativa na incidência da leishmaniose entre os cães.
Sobre a doença
A leishmaniose visceral (LV), conhecida como calazar, é uma zoonose de notificação obrigatória com ampla distribuição mundial, causada pelo protozoário Leishmania infantum. A transmissão ocorre principalmente pela picada do mosquito-palha, o inseto vetor, que costuma ter maior atividade ao entardecer, em áreas com árvores, folhagem densa, matéria orgânica, galinheiros, canis e paióis. O cão doméstico é o principal reservatório urbano da LV, enquanto os humanos são considerados hospedeiros acidentais.