De janeiro até a primeira semana desse mês de dezembro, Palmas registrou 46 mortes provocadas por acidentes. Os dados são do Programa Vida no Trânsito. No ano passado inteiro, foram 56. A maioria das vítimas tinha entre 18 e 29 anos. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o ano de 2020 é o último para que as cidades brasileiras reduzam pela metade o número de mortes no trânsito.
- Publicidades -
Para o perito oficial José Carlos Rezende, a avenida Teotônio Segurado, a maior avenida da capital, mesmo sinalizada, está entre as vias onde mais acontecem acidentes. “90% é a responsabilidade do condutor em não obedecer as normas de circulação”, explicou.
Apesar de o número de mortes em 2019 ser menor do que em 2018, nos últimos nove anos, essa estatística mais aumentou do que diminuiu. De 2011 até agora, 394 pessoas morreram no trânsito em Palmas.
Veja o número de mortes desde 2011:
2011 – 35 mortes
2012 – 45 mortes
2013 – 43 mortes
2014 – 52 mortes
2015 – 51 mortes
2016 – 28 mortes
2017 – 40 mortes
2018 – 54 mortes
2019 – 46 mortes
“A gente vê que não mudou a questão do excesso de velocidade, a velocidade inadequada e a questão da associação do álcool e direção. Esses dois fatores de risco estão presentes em todos os anos da nossa série histórica”, explicou a coordenadora do Programa Vida no Trânsito, Marta Melheiros.
Para evitar mais mortes, o trabalho precisa ser em conjunto. “Todo o setor público e privado tem que fazer a sua parte de investimento, de fiscalização, de infraestrutura. Mas se a sociedade também não estiver imbuída desse sentimento de mudança, a gente pouco vai conseguir avançar”, alerta Marta.
O motorista que respeita as leis e está todo dia no trânsito, cobra mais conscientização e punição. “Matar gente no trânsito hoje virou normalidade. Os caras não respeitam, tem que ter mais rigor na lei de trânsito”, opinou o consultor de vendas Dejean Pereira Ramos.
“A gente tem que ter mais educação no trânsito, a gente sai de casa na correria danada do dia a dia, então junta tudo, sempre acontece uma fatalidade, um acidente”, disse o autônomo Paulo de Souza Lopes.
A recepcionista Sara Nunes Xavier convive com a dor e a saudade do irmão. Azarias Nunes Xavier tinha 34 anos e morreu após ser atropelado na TO-050, na região sul de Palmas, em abril desse ano. Ele e um amigo tentavam atravessar a pista empurrando uma motocicleta, que havia quebrado, quando um veículo, em alta velocidade, o atingiu e fugiu logo em seguida.
Fonte: G1 Tocantins