18 de maio de 2024 20:33

Palmas

Mais fraudes! Suspeito de burlar cotas da UFT, estudante de medicina também é acusado de exercer a profissão de forma irregular 

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Mais fraudes! Suspeito de burlar cotas da UFT, estudante de medicina também é acusado de exercer a profissão de forma irregular 

Durante as investigações sobre o estudante de medicina que teria fraudado o sistema de cotas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), a Polícia Federal foi informada que o aluno estaria exercendo a profissão de forma irregular. De acordo com a denuncia, o acadêmico fez plantões no Hospital Regional de Paraíso do Tocantins e até cirurgias em um hospital particular de Palmas.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que não possui registros sobre o caso (veja a nota no fim desta reportagem). A UFT foi questionada em relação à possível fraude no processo de cotas, mas ainda não se posicionou.

Segundo a investigação, o acadêmico entrou na UFT em 2015, ocupando uma vaga reservada para candidatos de origem quilombola. Só que a PF fez visita ao Quilombo do Gurutuba, em Janaúba (MG), onde a presidente da associação negou conhecer o investigado e os seus pais. Nos arquivos da organização não foi encontrado nenhum registro do jovem ou de seus pais na comunidade.

A PF apurou ainda que o pai do estudante é um ex-vereador em Janaúba e a mãe, uma servidora pública da Justiça de Minas Gerais que recebe uma “excelente remuneração’. Conforme a denúncia, a família seria uma das mais ricas da cidade.

Na decisão que decretou o mandado de busca contra o acadêmico, o juiz afirma que “foram colhidos robustos elementos de informação suficientes para comprovar a materialidade e indicar a autoria dos delitos contra a fé pública postos sob investigação”.

A apreensão e documentos também servirá para apurar o possível crime de exercício irregular da medicina. Isso porque a Polícia Federal recebeu denúncia de que o estudante estaria sendo escalado por um médico para dar plantões no Hospital Regional de Paraíso do Tocantins e até realizar cirurgias em um hospital particular de Palmas.

Em visita às unidades não foram encontrados documentos que comprovassem o exercício irregular. Por isso a Polícia Federal busca documentos que comprovem o crime.

“Entendo que, no caso vertente, o aprofundamento das investigações e a coleta de informações importantes sobre os delitos ora apurados reclamam a busca e apreensão de documentos, tais como formulários, carimbos, receituários e blocos de anotações, e de dispositivos eletrônicos que se encontrem no endereço residencial do investigado”, diz trecho da decisão.

O que dizem os citados

A Secretaria de Estado da Saúde disse que após intensas buscas nos arquivos no Hospital Regional de Paraíso do Tocantins, restou comprovado que o médico que teria sido substituído pelo estudante não tem quaisquer vínculos com a unidade.

Porém, afirmou que o médico em questão é plantonista como cirurgião plástico no Hospital Geral de Palmas. Afirmou também que as informações são insuficientes para uma investigação mais apurada.

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