Neste domingo (13), a jovem Geovanna Isabela Silva Sousa, que ficou tetraplégica após sofrer um acidente de moto ano passado, completou 13 anos e ganhou uma festa surpresa da equipe do Hospital Geral de Palmas. A adolescente está internada desde agosto de 2021, na Capital.
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A história dela comoveu a equipe do hospital, que se mobilizou junto com a mãe, Samara da Silva, para permitir que a jovem tivesse um dia especial mesmo nestas condições. Foi vestida de princesa e cercada de muito amor que ela viu os 13 anos chegarem.
A mãe conta que a música era parte importante da vida da adolescente antes do acidente. “Era muito ativa, dançava, cantava, gostava de estudar. Era muito alegre minha filha”, conta.
Uma das pessoas que ajudou na comemoração foi a técnica de enfermagem Karlete Rodrigues, que se tornou uma espécie de segunda mãe para Geovanna na internação. Ela se mobilizou para conseguir vestido, maquiagem e até chamou um cantor para fazer um show especialmente para a aniversariante. A estilista Silvia Dacs, que já tinha ajudado outros pacientes em situação semelhante no HGP, cedeu o vestido e fez os ajustes gratuitamente para tornar o momento ainda mais bonito.
Para Samara, apesar de toda a solidariedade, a filha ainda convive com a tristeza por causa do acidente. “Agora ela está no respirador, acamada. Não vê a luz do sol. Isso foi gerando ansiedade, depressão. Nem a maquiagem conseguiu cobrir a tristeza dela. Aquilo [a festa] foi bom pra ela, mas a tristeza dela é inevitável”, completa.
Os médicos que atenderam Geovanna constataram que ela sofreu uma lesão no pescoço e o diagnóstico é de que o problema é permanente. O acidente foi na noite de 14 de agosto de 2021, no Jardim Aureny III. A adolescente chegou a ser intubada e internada em uma UTI, mas hoje recebe atendimento em uma Unidade de Cuidados Intermediários (UCI).
Geovanna pode ser liberada do hospital em breve, mas ainda será necessário montar uma estrutura médica especial na nova casa. Há também o desafio de custear a medicação, já que ela ainda deve precisar por algum tempo das vitaminas e remédios. “A gente está lutando para ela sair do respirador. Do jeito que ela está, pode ficar em casa. Tem que ter a UTI montada em casa”, explica a mãe.
A família agora luta para conseguir uma casa que acomode as necessidades de Geovanna. A mãe está desempregada e conta que recebeu uma casa popular da Prefeitura de Palmas, mas o imóvel é num prédio com escadas e portas estreitas, o que não permite os deslocamentos da cadeira de rodas. Ela quer ser transferida para outra unidade, que tenha casas apenas em nível térreo, com mais acessibilidade.
A Prefeitura de Palmas disse que o apartamento que está para ser entregue para a família é em andar térreo, mas admitiu que a porta do banheiro não tem acessibilidade. A prefeitura explicou que o imóvel foi construído em alvenaria estrutura, o que impossibilita a mudança no tamanho da porta e que isso aconteceu porque o imóvel foi construído a partir de 2008, antes da norma que determinava que as portas fossem acessíveis.
A prefeitura explicou que se a família entender que a unidade realmente não atende as necessidades tem a opção de aguardar a entrega de outro empreendimento habitacional, com acessibilidade.