Com base no plano estratégico elaborado pelo Comitê do Fogo, composto por forças de fiscalização do meio ambiente, a Divisão Ambiental da Guarda Metropolitana de Palmas realizou nessa terça-feira, 17, uma ação de fiscalização preventiva e repressiva com o intuito de conscientizar, autuar os criminosos, e preservar a integridade do cerrado nas imediações do distrito de Taquaruçu e da zona rural de Palmas. As rotas ‘Vai quem quer’ e ‘Fênix’ foram as percorridas durante as oito horas de fiscalização.
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A reunião do plano estratégico aconteceu no último dia 02 de setembro e nela, oito rotas foram pré-definidas. Além da Guarda Metropolitana Ambiental de Palmas (GMP), fazem parte da força-tarefa o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Promotoria de Meio Ambiente, Batalhão Ambiental da Polícia Militar (BPMA), Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA), Delegacia Especializada de Repressão a crimes contra o Meio Ambiente e Conflitos Agrários (Demag) e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
De acordo com o chefe da Divisão Ambiental da Guarda Metropolitana de Palmas, Inspetor Carlos Lima, as fiscalizações estão acontecendo em dias alternados de maneira orquestrada, para que não haja a duplicidade de dois órgãos estarem fazendo a mesma rota. “Existe uma comunicação interna entre os parceiros do comitê e nós estamos todos os dias na zona rural de Palmas. Essa parceria otimiza os nossos recursos humanos e, dessa maneira, unificamos nossas forças e conseguimos fazer um trabalho de excelência que é alcançar o maior número possível de propriedades rurais fazendo um trabalho preventivo e, caso necessário, também repressivo”, destaca.
Números
Há 12 dias as equipes estão trabalhando empenhadas na fiscalização e até o momento foram lavrados seis autos de infração e cinco pessoas foram conduzidas à delegacia de polícia. “Reforçamos a importância do apoio da comunidade para que as denúncias sejam feitas no 153 enquanto o ato estiver acontecendo, pois é importante que o autor seja qualificado e identificado para que haja uma punição”, acrescenta o Inspetor.
Impacto
Edmilson Rodrigues, morador do Vale do Vai quem Quer, em Taquaruçu, relata que a fiscalização vem ajudando os chacareiros no combate às queimadas. “Desde o ano passado que a gente vem nessa luta do combate ao fogo, e as equipes de fiscalização são de grande ajuda nesse momento. No ano passado tivemos muitas perdas em nossas propriedades, alguns vizinhos não conseguiram salvar nada, outros salvaram o que puderam das chamas”, afirma.
A engenheira agrônoma e frequentadora assídua da Cachoeira do Vale do Vai quem Quer, Cíntia Naiara, lembra de um problema que causa bastante impacto ambiental que é a eliminação da paisagem natural que fica às margens do rio. “Se chover, e não tiver a mata para proteger o rio, os rejeitos das queimadas acabam descendo da serra e, além de poluir com as cinzas, diminui o espaço natural que a água tem para correr. Isso prejudica a saúde das nascentes, os animais (pelo menos o que sobrevivem), e a população que vive do turismo aqui na região de Taquaruçu que, consequentemente, tem a economia abalada. Então todos, sem distinção alguma, sofrem com as queimadas”, finaliza.