O Ministério Público do Tocantins (MPTO) instaurou um Inquérito Civil Público para investigar o uso de documentos falsos e múltiplos registros de CPF atribuídos a Nilza B. S., investigada em processo criminal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A apuração foi formalizada pela 9ª Promotoria de Justiça da Capital e publicada no Diário Oficial do MP nesta quinta-feira, 30.
De acordo com a portaria, a Receita Federal confirmou que a investigada possuía três números diferentes de CPF, todos vinculados a documentos com variações no sobrenome e mesma data de nascimento. O Ministério Público afirma que as irregularidades podem estar relacionadas a fatos já descritos na ação penal movida contra Nilza B. S., Ângelo P. C. e Thaynná C. B. M., filha da primeira.
Suposto caso de corrupção no Naturatins
O processo criminal que embasa a nova apuração descreve que o trio teria solicitado vantagem indevida de R$ 200 mil a dois produtores rurais, em 2020, para interferir em autos de infração ambiental no Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). Parte do valor — R$ 100 mil — teria sido depositada na conta de uma empresa registrada em nome de Thaynná C. B. M., e R$ 50 mil foram posteriormente transferidos para Ângelo P. C., servidor do órgão à época.
A denúncia apresentada pelo MP aponta que a empresa teria sido usada para ocultar a origem ilícita dos valores, caracterizando suposta prática de lavagem de dinheiro. A ré Nilza B. S. chegou a ter citação por edital determinada após não ser localizada para responder à ação penal.
Nova linha de apuração
Agora, o Ministério Público investiga se os três CPFs vinculados à mesma pessoa foram utilizados para ocultar patrimônio, movimentar recursos ilícitos ou favorecer a prática de crimes contra a administração pública. Segundo o órgão, o cruzamento de informações com dados da Receita Federal e de outros procedimentos internos deve esclarecer o alcance das irregularidades.
O espaço do jornal permanece aberto para manifestação de todos os citados.
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