Um casal de biólogos de Palmas decidiu adotar abelhas como animais de estimação. Waldesse Júnior e Jaqueline Dias tem ao todo, 20 colmeias e três mil abelhas, de sete espécies diferentes. Todas são tocantinenses e adaptadas ao clima do Tocantins, o que torna possível criá-las em casa.
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Waldesse e Jaqueline são apaixonados pelas abelhas e contam que elas são consideradas uma espécie de cupido do casal. “Eu a conheci dividindo um equipamento onde nós medíamos as abelhas. A gente tinha agendas diferentes, então eu sempre encontrava ela. E ali começamos batendo papo e se conhecendo”, contou o biólogo.
Na residência, as abelhas são as donas do pedaço e estão por quase toda a parte do quintal. “Como nós queremos dar um conforto para as abelhas, nos preocupamos, principalmente, com a incidência solar. Por isso, fizemos uma estrutura com uma cobertura simples de metalon e palha natural para dar um conforto em termos de temperatura, um pouquinho de umidade, proteger da insolação solar. Elas estão albergadas também na estrutura de madeira para poder elevar do solo e evitar algumas pragas”, contou o biólogo.
As abelhas são de fácil convivência e se adaptam com facilidade nas residências. Nenhuma tem ferrão. Se o morador não tem alergia ao inseto e tem disposição para entender mais sobre elas, dá para criá-las em casa.
“O primeiro passo é procurar um criador certificado ou a própria universidade, onde nós temos grupos de pesquisas, que podem auxiliar nessa criação. A Federação Tocantinense de Apicultura também pode lhe oferecer quem são os fornecedores, os meios adequados”, explicou Waldesse.
A família toda passou a amar as abelhas. Os filhos do casal, Tainá, de 12 anos, e Iatan, de 5, também ajudam a cuidar delas. Outra vantagem de tê-las em casa é que elas ajudam a polinizar flores e plantas. O outro benefício, claro, é ter acesso ao mel todos os dias.
“A gente já tem um histórico de trabalhar com as abelhas, então já era uma paixão. E aí foi só continuar”, disse a professora Jaqueline.
Elas são de casa e se portam como anfitriãs. Inclusive, recebem o visitante de forma doce, não se importando em dar um pouquinho de mel. Elas são de espécies diferentes, porém com um detalhe em comum, são excelentes companheiras da família.
“É até difícil a gente poder descrever. É uma relação muito íntima. A partir do momento em que eu decidi cuidar delas, eu só tive coisas positivas na minha vida”, disse Waldesse.