Após a confirmação do Ministério da Saúde (MS) de um caso da variante EG.5 de covid-19 no Estado de São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) fica em alerta no monitoramento e reforça para a população a importância da vacinação, especialmente para os grupos de maior risco de agravamento da doença. Em Palmas, desde o início da imunização em 2021, conforme o boletim epidemiológico, 250.490 pessoas tomaram a primeira dose da vacina e 211.226 a segunda dose. Destes números, apenas 164.487 completaram o esquema vacinal (dose de reforço + bivalente).
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De acordo com o gerente da Central Municipal de Rede de Frio (Cemurf), Hugo Botelho, a vacina é o meio mais seguro de se proteger contra a doença, mesmo com as novas subvariantes. “Precisamos que as pessoas tomem as doses necessárias de cada faixa etária porque é só com o esquema completo que é possível ter a eficácia da vacina”, afirma Hugo. O imunizante contra a covid está disponível para população acima dos seis meses e a bivalente é possível aplicar naqueles que possuem as duas primeiras doses com o intervalo mínimo de quatro meses da última administração. Ele também indica atualizar a vacina da influenza anualmente.
A biomédica sanitarista e coordenadora das doenças imunopreveníveis, Fernanda Fernandes, ressalta que a área técnica continua em alerta nas testagens que estão disponíveis em todas unidades de saúde. Ela ainda recomenda que os cidadãos mantenham hábitos de higiene como lavar bem as mãos, utilizar álcool em gel, utilizar máscara, especialmente em locais fechados e proteger a boca e o nariz ao tossir e espirrar.
Nos primeiros sinais gripais, deve-se ainda evitar contato com pessoas suscetíveis, principalmente menores de 6 meses que não são elegíveis para vacinação, pessoas com imunidade comprometida e idosos. “Ao que já se pode observar, essa nova variante possui maior capacidade de transmissão e de escape imunológico, mas até o momento, não há evidências significativas de aumento de gravidade”, esclarece Fernanda.
Nova variante
A nova subvariante foi relatada pela primeira vez em 17 de fevereiro de 2023 na China e já foi identificada em 51 países. Dentre as características observadas, a mutação confere maior capacidade de transmissão e de escape imunológico, ou seja, é capaz de aumentar o número de casos mundialmente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o momento, o risco de saúde pública da EG.5 é baixo.
No Brasil, o primeiro caso da nova variante foi identificado e confirmado pelo MS na última quinta-feira, 17. Uma paciente do sexo feminino de 71 anos de idade. A idosa apresentou os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça em 30 de julho e realizou a coleta para exame laboratorial em 8 de agosto. A paciente apresentou o esquema vacinal completo e encontra-se curada.
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