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Um relatório independente feito a pedido do Pentágono sobre o ataque militar norte-americano que matou 10 civis inocentes em Cabul, no Afeganistão, em 29 de agosto, não constatou “negligência” dos militares envolvidos.
Segundo o documento, obtido de maneira exclusiva pela agência Associated Press e divulgado na noite desta quarta-feira (3), houve uma série de “erros de comunicação” e também no “processo de identificar e confirmar o alvo da bomba”.
Para o general Sami Said, inspetor que fez a análise e que não tem ligações com a missão do Afeganistão, não há motivos para punir os militares envolvidos na operação, apenas há a necessidade de revisão de diversos passos para fazer ataques do tipo. A recomendação atinge, especialmente, o fato de haver muitas informações conflitantes naquele momento, já que grupos terroristas tinham realizado um ataque poucos dias antes.
“Eles tinham uma crença genuína baseada nas informações que tinham e interpretaram que aquilo era uma ameaça às forças dos EUA, uma ameaça iminente às forças dos EUA. Foi um erro, um erro lamentável. Foi um erro honesto e eu entendo as consequências, mas não houve conduta criminosa, conduta aleatória ou negligência”, disse Said à AP.
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O ataque contra um Toyota Corolla Sedan ocorreu em 29 de agosto e matou o colaborador de uma agência humanitária norte-americana Zemerai Ahmadi, que há anos trabalhava com os EUA, e nove membros de sua família – incluindo, sete crianças.
Em 17 de setembro, o Pentágono reconheceu que a ação foi um “erro trágico” e que ninguém naquele carro tinha qualquer ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico de Khorasan (EI-K).
Os extremistas tinham feito, no dia 26, um ataque com homem-bomba no aeroporto de Cabul, local onde as tropas norte-americanas e ocidentais estavam fazendo a operação de evacuação. O ataque matou 13 soldados dos EUA e mais de 160 civis, que estavam no local para fugir do país após a retomada do poder do Talibã.