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Soldados prenderam nesta segunda-feira (25) a maioria dos membros de alto escalão do governo de transição do Sudão e dissolveram a administração. Oponentes à tomada do poder foram às ruas, onde disparos e ferimentos foram relatados.
Abdel Fattah al-Burhan, um general que comandava o Conselho Soberano, organismo de partilha de poder, anunciou estado de emergência em todo o país e dissolveu o conselho e o governo de transição.
O primeiro-ministro Abdalla Hamdok foi detido e transferido para um local desconhecido, depois de se recusar a emitir um comunicado em apoio ao golpe, disse o Ministério da Informação, ainda aparentemente sob controle dos apoiadores de Hamdok.
O ministério pediu resistência ao golpe, dizendo que dezenas de milhares de pessoas que se opõem à tomada do poder foram às ruas e enfrentaram disparos perto do quartel-general dos militares, na capital Cartum.
Ao menos 12 pessoas ficaram feridas nos confrontos, comunicou um comitê de médicos em sua página no Facebook, sem dar maiores detalhes.
O diretor do escritório de Hamdok, Adam Hereika, disse à Reuters que os militares fizeram a tomada de poder, apesar de “movimentos positivos” rumo a um acordo com o premiê, depois de reuniões com um enviado especial dos Estados Unidos, Jeffrey Feltman.
Um jornalista da Reuters em Cartum viu forças conjuntas dos militares e das poderosas Forças Rápidas de Apoio paramilitares posicionadas nas ruas. Elas limitaram a circulação de civis, enquanto manifestantes portando a bandeira nacional queimavam pneus em partes diferentes da cidade.