30 de abril de 2024 11:54

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Imigrantes que viajaram por 11 dias em cima de leme de navio devem ser deportados de volta para a Nigéria

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Imigrantes que viajaram por 11 dias em cima de leme de navio devem ser deportados de volta para a Nigéria

Uma foto compartilhada na terça-feira (29) e que repercutiu nas redes sociais, mostra três homens que sobreviveram a uma viagem de 11 dias da Nigéria para a Espanha sentados na pá do leme de um grande petroleiro.

Dois destes três imigrantes foram devolvidos ao navio para serem deportados.

De acordo com os serviços de emergência das Ilhas Canárias e a Cruz Vermelha, os passageiros clandestinos, resgatados na segunda-feira (28), foram tratados para desidratação moderada e hipotermia.

O terceiro imigrante, que se encontrava em estado mais grave, teve de ser transportado para outro hospital da ilha e ainda não recebeu alta, disse um porta-voz do governo local.

Uma fotografia da guarda costeira espanhola, publicada no Twitter, mostra os três homens sentados no leme sob o casco do Alithini II, logo acima do nível do mar.

Segundo a lei espanhola, qualquer passageiro clandestino que não solicitar asilo deve ser devolvido pelo operador do navio ao porto de origem da viagem, disse um porta-voz da polícia.

 

O navio de 183 metros, que navega com a bandeira de Malta, chegou a Las Palmas, na Espanha, depois de partir de Lagos, na Nigéria, em 17 de novembro e navegar pela costa oeste africana, de acordo com a Marine Traffic. O capitão do navio confirmou à Cruz Vermelha que havia partido da Nigéria 11 dias antes.

Tratamento de imigrantes

Um porta-voz da polícia das Ilhas Canárias disse que cabe ao operador do navio cuidar dos passageiros clandestinos, fornecer-lhes acomodações temporárias e devolvê-los à origem o mais rápido possível.

Segundo Helena Maleno, diretora da organização não-governamental de migração Walking Borders, os imigrantes deveriam, pelo menos, ter sido informados do seu direito de pedir asilo político e deveriam ter sido interrogados antes de serem devolvidos ao navio.

“As condições da viagem já são um indicativo de que algo muito sério pode estar por trás disso. Nunca vimos condições como esta onde eles chegaram com vida”, disse Maleno.

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