Segurança viraliza ao dançar com moradora de rua para tirá-la do palco

A abordagem humanizada de uma segurança do Canteiro Central a uma mulher em situação de rua no Setor Comercial Sul (SCS), no último sábado (31/08/2019), viralizou nas redes sociais. O estabelecimento promove a ocupação do SCS com arte e música, e é aberto para toda a comunidade.

Diante das cenas de brutalidade que ganharam o noticiário esta semana, de um jovem negro sendo chicoteado por seguranças de um supermercado em São Paulo, uma profissional do DF provou que é possível, sim, desconectar a barbárie do trabalho de um segurança.

As imagens que caíram nas graças dos internautas mostram uma mulher subindo ao palco do evento Canteiro do Samba e dançando. Os músicos da banda seguem com a batida e eis que surge a funcionária da equipe responsável por resguardar a integridade dos ali presentes. Ela também entra na roda, sambando, o que deixou a plateia impressionada. Foi assim, na dança, que ela conseguir fazer a mulher descer do tablado, no ritmo da canção.

O grupo 7 na Roda se apresentava no momento em que a mulher subiu ao palco. “Nossos músicos e seguranças são orientados a não barrar ninguém. O nosso samba é aberto, democrático e gratuito. Somos nós que estamos ocupando o espaço dele ali. Então, quando eu vi, corri e pedi para a segurança: vai lá e tira ela no jeitinho. Ela só disse: deixa comigo. Subiu dançando e desceu sambando”, brinca o sócio do Canteiro, Érico Grassi.

São Paulo

Enquanto isso, a Polícia Civil investiga o crime de tortura contra um jovem de 17 anos que supostamente teria furtado um chocolate em um supermercado na zona sul de São Paulo (SP). Um vídeo que circula em redes sociais mostra o jovem sendo chicoteado por dois segurança do comércio.

Segundo o menino, a agressão aconteceu no mês passado no supermercado da rede Ricoy de uma avenida paulista. O vídeo mostra o jovem nu, com as mãos amarradas e a boca amordaçada, sendo chicoteado. Os próprios agentes teriam gravado as imagens.

Na noite desta quarta-feira, novas imagens caíram na rede e levantam a suspeita de que outros jovens teriam sido vítimas dos mesmos seguranças.

A juíza Tatiana Saes Valverde Ormeleze determinou a prisão temporária de Davi de Oliveira Fernandes, de 37 anos, e Valdir Bispo dos Santos, de 49. Eles foram identificados a partir de depoimentos da própria vítima, do gerente do estabelecimento e de outras testemunhas. A magistrada também autorizou buscas e apreensões contra os investigados pelo crime de tortura.