15 de maio de 2024 17:42

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Relatório do IPCC aponta graves mudanças climáticas nos próximos anos e perigo para a vida humana; confira medidas que devem ser tomadas segundo a ONU:

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Relatório do IPCC aponta graves mudanças climáticas nos próximos anos e perigo para a vida humana; confira medidas que devem ser tomadas segundo a ONU:

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) divulgou seu relatório síntese do ciclo atual de avaliações sobre o aquecimento global provocado pelo homem, alertando que ainda há esperança para a ação global na estabilização das emissões de gases de efeito estufa, embora muito precise ser feito para evitar o colapso climático do nosso planeta.

As principais conclusões do relatório destacam que as emissões de gases de efeito estufa devem ser reduzidas de forma profunda, rápida e sustentável em todos os setores para manter o aquecimento em 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.

Os cientistas alertam que a humanidade está correndo contra o tempo e que precisamos tomar medidas certas agora para termos um futuro resiliente e habitável. A COP27 contemplou pela primeira vez na história uma resolução sobre um tipo de financiamento climático a países vulneráveis à crise do clima, chamado de perdas e danos, mas ainda faltam avanços sobre o uso dos poluentes, combustíveis fósseis e a definição de um limiar no pico

“Este Relatório Síntese ressalta a urgência de tomar medidas mais ambiciosas e mostra que, se agirmos agora, ainda podemos garantir um futuro sustentável habitável para todos”, disse o presidente do IPCC, Hoesung Lee.

Relatório do IPCC aponta graves mudanças climáticas nos próximos anos e perigo para a vida humana; confira medidas que devem ser tomadas segundo a ONU:

Discurso do Presidente do IPCC durante a COP27. – Foto: Divulgação

“A integração de ações climáticas efetivas e equitativas não apenas reduzirá perdas e danos à natureza e às pessoas, mas também proporcionará benefícios mais amplos”.

Entre suas principais conclusões, o relatório também pontua que existem várias opções viáveis e eficazes para nos adaptarmos às mudanças climáticas e reduzirmos globalmente as emissões de poluentes.

Apesar disso, o IPCC também relembra que esse desafio continua cada vez maior, já que as demandas vistas como fundamentais para que o aquecimento do planeta não ultrapasse o limite de 1,5°C até o fim do século vêm sendo implementadas num ritmo considerado “insuficiente” pelos membros do painel.

Para chegar lá, segundo os atuais cálculos do IPCC, precisamos reduzir as emissões globais pela metade até 2030 [48%] e até 99% até 2050.

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres acrescentou:

“A humanidade está num gelo fino – e esse gelo está derretendo rapidamente. Nosso mundo precisa de ação climática em todas as frentes – tudo, em todos os lugares, ao mesmo tempo”,

 

Principais conclusões do relatório síntese

  • O uso de combustíveis fósseis está impulsionando de forma esmagadora o aquecimento global;
  • A temperatura global da superfície aumentou mais rapidamente desde 1970 do que em qualquer outro período de 50 anos durante os últimos 2000 anos;
  • Para manter o aquecimento em 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais, as emissões de gases de efeito estufa devem ser reduzidas de forma profunda, rápida e sustentável em todos os setores;
  • Para chegar lá, segundo os atuais cálculos do IPCC, precisamos reduzir as emissões globais pela metade até 2030 [48%] e até 99% até 2050.
  • Os atuais níveis de financiamento para o clima são altamente inadequados, e ainda pesadamente ofuscados pelos fluxos financeiros para as energias fósseis;
  • A mudança climática reduziu a segurança alimentar e afetou a segurança da água, e os eventos de calor extremo estão aumentando as taxas de mortalidade e doenças;
  • Apesar da crescente conscientização e criação de políticas, o planejamento e a implementação da adaptação estão ficando aquém do necessário;
  • Para que o nosso mundo seja sustentável e igualitário, precisamos tomar as medidas certas agora;
  • Um futuro resiliente e habitável ainda está disponível para nós, mas as ações tomadas nesta década para produzir cortes de emissões profundos, rápidos e sustentados representam uma janela rapidamente estreita para a humanidade limitar o aquecimento a 1,5°C com mínimo ou nenhum excesso.

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