Perder o emprego é uma experiência difícil para a maioria das pessoas. A situação se agrava se isso acontecer durante situações de crise e recessões econômicas, como as causadas pela pandemia de coronavírus.
- Publicidades -
Para a doutora em psicologia Camila Costa Torres, especialista em planejamento e gerenciamento de carreira, existem algumas fases importantes que devem ser vivenciadas caso isso aconteça com você neste delicado momento.
Além de aceitar o “luto”, é hora de cuidar da saúde mental. Mais que representar cortes no orçamento, ficar sem trabalho afeta diversas esferas da vida, como o lado psicológico.
“O trabalho tem um papel essencial. Ele é um organizador objetivo e subjetivo da vida das pessoas. Ajuda a definir identidade, autoestima e autoimagem, além de círculos sociais e outros elementos que nos insere na sociedade”, pondera.
A especialista dá alguns conselhos a quem passa por esse momento:
Viva o luto e peça ajuda
Ser demitido gera uma mudança de condição. Permita-se viver o luto e, depois, procure ajuda das pessoas mais próximas e em quem confia. Vale recorrer a um profissional (muitos psicólogos atendem com preço social ou em organizações que praticam valores acessíveis). Compartilhe as emoções que este momento traz, bem como as dificuldades e as angústias. Mobilize sua rede de apoio!
Pense em novos caminhos
Passada a tristeza, surge, também, a oportunidade de iniciar um novo caminho na vida profissional. Não há uma solução mágica. Revise sua vida e seus interesses. Comece a construir um caminho coerente e alinhado com o que realmente almeja. Analise seu estilo de vida, finanças, sonhos e os interesses que te movem. Eles podem ajudar a encontrar direcionamentos.
Se arrisque em algo novo
Pesquise e leia sobre a área em que atua, mas não se restrinja a ocupação que tinha antes de ser demitido. Durante a crise, muitas áreas se fortalecerão e precisarão crescer e contratar.
Organize-se e pense em atividades que não ainda não existam, mas têm chance de serem úteis à comunidade em que vive. Sonhos de negócios que estavam engavetados podem vir a se tornar realidade. A crise acaba demandando o abandono de automatismos e a construção de novas realidades.