13 de maio de 2024 10:44

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Veja o que se sabe sobre assassinato de estudante de jornalismo durante calourada na UFPI

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Veja o que se sabe sobre assassinato de estudante de jornalismo durante calourada na UFPI

Janaína da Silva Bezerra, 22 anos, estudante de jornalismo da Universidade Federal do Piauí (UFPI), foi morta durante calourada na instituição. A polícia afirma que a jovem foi assassinada após ser estuprada e teve o pescoço quebrado. Thiago Mayson da Silva Barbosa foi preso suspeito do crime.

Onde e quando aconteceu?

A jovem Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, chegou morta ao Hospital da Primavera, localizado na Zona Norte de Teresina. Ela apresentava lesões no rosto e em diversas regiões do corpo.

De acordo com o delegado Francisco Costa, o “Barêtta”, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), a jovem foi violentada em uma sala do Programa de Pós-Graduação em Matemática, no Centro de Ciências da Natureza (CCN) da UFPI. No local, foram encontrados uma mesa e um colchão com vestígios de sangue. Os materiais foram apreendidos.

Ainda segundo o delegado, um laudo preliminar do Instituto de Medicina Legal de Teresina (IML) confirmou violência sexual contra a jovem. Ela teria sido estuprada e tido o pescoço quebrado.

Quem é a vítima?

Janaína da Silva Bezerra, de 22 anos, era estudante do curso de Jornalismo na UFPI. Ela ingressou na instituição no segundo semestre de 2020 e já estava juntando dinheiro para pagar a festa de formatura.

Ela foi a primeira da família a ingressar no ensino superior.

Em uma rede social, Janaína compartilhava poemas de autoria própria. A última publicação, feita em 2 de janeiro deste ano, inicia com o verso: “anseio o que o futuro tem pra mim”. Veja abaixo:

Corpo de jovem morta após calourada na UFPI é velado em Teresina: ‘só vivia pra estudar’ — Foto: Reprodução

Corpo de jovem morta após calourada na UFPI é velado em Teresina: ‘só vivia pra estudar’ — Foto: Reprodução

Qual a causa da morte?

O Instituto de Medicina Legal (IML) emitiu uma declaração de óbito em que aponta que a causa da morte de Janaína foi trauma raquimedular por ação contundente, uma contusão na coluna vertebral a nível cervical, que provocou lesão da medula espinhal e morte. Ou, seja, teve o pescoço quebrado.

O órgão reforçou que a ação contundente pode ter sido causada “por pancada, torcendo a coluna vertebral ou traumatizando, ação das mãos no pescoço com intuito de matar ou fazer asfixia, queda, luta, dentre outras possibilidades que estão sendo analisadas junto às investigações do caso”.

Quem cometeu o crime?

O suspeito é Thiago Mayson da Silva Barbosa, 28 anos, estudante do mestrado em matemática da UFPI. Ele foi detido no sábado (28) e relatou que Janaína passou mal durante uma relação sexual consensual.

“O que sabemos é que um vigilante da instituição avistou o rapaz saindo da sala, com a moça nos braços. O vigilante viu as roupas do rapaz sujas de sangue, disse ‘ei, o que tá acontecendo aí?’ e o rapaz disse ‘minha amiga passou mal, tô levando pro hospital’. O vigilante então deteve ele, chamou reforço e, de carro, foi com os dois até o hospital”, contou o delegado Barêtta.

Na tarde deste domingo (29), durante audiência de custódia, a Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito.

A calourada era autorizada pela universidade?

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informou que a administração não havia autorizado a festa realizada na sexta-feira (27). Em nota, a instituição afirmou ainda que está colaborando com as investigações e que vai buscar imagens de câmeras de segurança para ajudar. A instituição declarou que desaprova condutas que coloquem em risco estudantes, professores ou funcionários.

Segundo o Diretório Central dos Estudantes, contudo, as atividades culturais promovidas dentro da instituição nunca precisaram ser diretamente comunicadas, já que são realizadas em espaço destinado às ações estudantis.

O DCE destacou, ainda, que uma luta antiga do Diretório é mais segurança para os estudantes, que têm constantemente relatado assaltos e outros crimes dentro do campus em Teresina. Conforme a entidade, a guarda da UFPI é majoritariamente patrimonial, e não contempla a necessidade de segurança da comunidade acadêmica.

Envie sugestões de pauta ou denúncia para o Whatsapp do Jornal Sou de Palmas: (63) 992237820

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