26 de abril de 2024 15:01

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Variante Ômicron: saiba quais informações já se têm sobre a nova linhagem do coronavírus

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Variante Ômicron: saiba quais informações já se têm sobre a nova linhagem do coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou, nesta última sexta-feira (26), a B.1.1.529 como uma variante de preocupação e escolheu o nome “ômicron”. Com isso, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia: alfa, beta, gama e delta.

A ômicron foi originalmente descoberta na África do Sul. Ela é considerada de preocupação, pois tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).

Veja o que se sabe:

  • Evidências sugerem que ômicron pode facilitar a reinfecção
  • Todos os continentes registraram casos da variante
  • Medidas não farmacológicas (máscara, distanciamento, ambientes ventilados) funcionam contra variantes
  • Não há registro de morte ligada à nova cepa
  • Variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes

O que ainda não se sabe:

  • Se a variante é mais transmissível
  • Se a ômicron causa sintomas mais graves e mortes
  • Se a nova variante apresenta resistência à vacinação

 

Origem da variante

 

A variante ômicron – também chamada B.1.1529 – foi reportada à OMS em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul.

Atualmente a África do Sul tem 14,2 milhões de pessoas com o esquema vacinal completo. O número equivale a 24% dos 59 milhões de habitantes do país.

Um gráfico do jornal “Financial Times”, que compara a velocidade de transmissão da ômicron com outras já conhecidas, ganhou espaço nas redes sociais.

Segundo especialistas, ele mostra que o ritmo de transmissão da variante é superior ao de outras, inclusive as já famosas, como a delta, mas, ao mesmo tempo, os dados se referem exclusivamente à África do Sul, onde é baixo o percentual de pessoas vacinadas.

Por isso, não é possível extrapolar a análise e dizer que o mesmo vai se repetir em países com outras taxas de vacinação e de pessoas que já tiveram a Covid-19.

Casos em todos os continentes

 

Todos os continentes já registram casos da variante ômicron do novo coronavírus. Neste domingo (28), o Canadá se tornou o primeiro país das Américas a confirmar a infecção, foram 2 casos na província de Ontário.

Apesar da preocupação, a OMS afirmou que ainda não há registro de morte ligada à nova cepa.

Reinfecção

 

“Um grupo da OMS se reuniu com especialistas da África do Sul e dessa reunião veio uma indicação de um potencial aumento de risco de reinfecção”, disse a vice-diretora.

Mais informações sobre esse tópico serão disponibilizadas nos próximos dias e semanas.

Vacinação e medidas não farmacológicas

 

Até o momento, não se sabe se a ômicron apresenta resistência à vacinação – que é bastante baixa nos países do sul africano, onde foi identificada. A OMS reforça que as vacinas continuam sendo fundamentais para a redução de doenças graves e mortes, inclusive contra a delta (a variante mais transmissível até agora).

“A delta está circulando no mundo inteiro e é responsável pela imensa maioria dos caso de pessoas não vacinadas. Com o vírus circulando, ele desenvolve outras mutações, que leva a outras variantes. É extremamente importante que se tome a vacina. As vacinas protegem contra casos graves e mortes. A indústria farmacêutica já está trabalhando com as mutações e, se tiver necessidade de fazer ajuste, ele será feito“, explica a vice-diretora geral da OMS.

Além disso, medidas não farmacológicas como distanciamento social, uso de máscaras, lavagem das mãos e ambientes ventilados continuam sendo essenciais para a disseminação do vírus.

Sintomas

 

A médica sul-africana que fez o primeiro alerta sobre a variante ômicron do coronavírus citou sintomas leves em seus pacientes. Não há, ainda, informações consolidadas sobre a variante.

Angelique Coetzee disse, em entrevista ao jornal britânico “The Telegraph”, que notou um aumento de pessoas jovens e saudáveis com sinais de fadiga em seu consultório.

“Os sintomas que eles apresentavam eram muito diferentes e mais leves dos que eu havia tratado antes”, afirmou a profissional da saúde.

Transmissão e casos graves

 

Segundo a OMS, ainda não está claro se a nova variante é mais transmissível em comparação com outras variantes, incluindo a delta. A entidade diz que precisará de semanas para compreender melhor o comportamento da variante.

“O número de pessoas testando positivo aumentou em áreas da África do Sul afetadas por essa variante, mas estudos epidemiológicos estão em andamento para entender se é por causa de ômicron ou outros fatores”, disse a entidade.

Também não se sabe se a variante provoca casos graves de Covid-19. “Todas as variantes podem causar doenças graves ou morte, em particular para pessoas mais vulneráveis e, portanto, a prevenção é fundamental”, alerta a OMS.

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