A vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan está em fase final de avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e poderá estar disponível para a população no começo de 2026, segundo estimativa do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Em entrevista nesta terça-feira (25), durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Padilha explicou que o processo depende da análise detalhada de dados técnicos. “A Anvisa questiona e sempre pergunta alguns dados. E o Instituto Butantan está respondendo esses dados. Nossa expectativa é terminar essa avaliação para que se possa ter essa vacina disponível no começo do ano que vem”, afirmou.
Segundo o ministro, os esforços de imunização devem reforçar as ações de combate à dengue no país, que vive ciclos sazonais da doença. A dengue é uma infecção viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e costuma ter maior incidência nos primeiros meses do ano.
Queda nos casos, alerta em São Paulo
Padilha também destacou que os casos de dengue caíram mais de 70% em 2025, e os óbitos recuaram mais de 80%, em comparação com o mesmo período de 2024. No entanto, ele chamou atenção para o estado de São Paulo, que concentrou a maior parte dos casos e mortes, devido ao aumento da circulação do vírus.
Planejamento antecipado
O ministro afirmou que os meses de junho e julho representam o fim do período de maior transmissão, e que o segundo semestre será fundamental para antecipar ações de prevenção. “Vamos trabalhar muito fortemente em agosto e setembro para que os municípios e governos estaduais comecem ações de controle e informação à população”, disse.
O objetivo é preparar o país para o próximo ciclo epidêmico, que geralmente tem pico entre janeiro e maio. A vacinação, segundo ele, será uma das ferramentas centrais no combate à doença.
“Estamos trabalhando firme, com a Anvisa fazendo os questionamentos e o Butantan respondendo, em uma grande parceria, para que possamos ter essa vacina garantida e registrada até o final de 2025”, concluiu Padilha.
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