Victor Volpe Fogolin, 23, e Luiza Dias Seghese, 24 iniciaram a trajetória como concurseiros ainda enquanto eram estudantes de direito. Hoje são tabeliães de dois cartórios no interior de São Paulo.
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Além disso, entre viagens pelos estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Goiás e Tocantins (além de Rondônia, no caso da Luiza) conquistaram também outras aprovações.
Luiza, que é de Sorocaba (SP), assumiu o Registro Civil e Tabelionato de Notas em Cosmorama (SP), e Victor, de Campo Grande (MS), virou titular do Tabelionato de Notas e Protesto de Letras e Títulos de Estrela D’Oeste (SP).
Os dois se conheceram na faculdade, quando no terceiro ano de direito da USP começaram a estudar para os concursos e de uma amizade e objetivos em comum começaram um romance.
Atualmente os dois residem em Votuporanga, em São Paulo, e ainda planejam continuar estudando para crescerem na carreira.
Por trás da aprovação em concursos de cartório, que têm quatro etapas: prova de testes, discursiva, oral e de títulos, na qual o candidato precisa apresentar quais cursos fez de pós-graduação, mestrado, doutorado, etc, existe uma rotina de muita dedicação.
Como publicou o G1, o casal compartilhou um pouco do que foram esses anos e como conseguiram manter a motivação. Veja abaixo:
Rotina de estudos
Foram muitos dias de muito estudo, cada um com suas técnicas e experiência, mas sempre compartilhando dicas e resumos.
O caminho para a aprovação em um concurso público não é fácil, mas ambos dividiram técnicas e dicas ao longo do processo.
“O Victor, por exemplo, gosta de estudar em qualquer lugar. Ele está na rede, ele está estudando, está num puff, no avião, está estudando. Eu fui ganhando com ele esse hábito também de não me restringir a lugares, mas eu ainda gosto de ter um lugar fixo. Eu tenho, desde o ensino fundamental, os mesmos móveis que são meu escritório”, contou Luiza.
Ela diz ainda que um dos segredos é “manter os propósitos à vista”. “Eu tenho no escritório o meu canudo do ensino médio, uma bonequinha de quando meu avô morava na Paraíba e eu fui visitá-lo… Eu sou católica, então eu gosto de envolver Deus no meu estudo e sempre tenho a Nossa Senhora Desatadora dos Nós na minha mesa, um crucifixo… Também tem uma foto da minha mãe, então eu penso nela e no quanto ela se esforçou por mim.”
Já para seu companheiro, a técnica da Luiza se traduziu em imprimir uma foto do cartório dos sonhos dele e colá-la na parede. “Então, naqueles momentos que a gente sentia preguiça, não queria estudar, eu olhava a foto e falava: ‘Vou continuar’. Era um esforço diário para incentivar a gente.”
Outra dica, conforme o casal, é envolver a família nos estudos, para não perder momentos importantes. “Eu já chamei a minha irmã várias vezes para me ajudar a revisar as matérias, então ela lia e fazia perguntas para mim. Já era um treino de prova oral”, relata.
“Outra coisa legal é estar em grupos de pessoas com o mesmo objetivo, então a gente tinha vários amigos estudando, fez novos amigos no caminho e isso tornou tudo muito mais leve”, continua Victor.
O casal também adotou um “sistema de recompensas” para fazer atividades divertidas depois do estudo de uma matéria difícil.
“Eu estudava a lei e ia fazer uma coisa que eu gostava: jogar bola, comer um chocolate… E acabou que, quando você associa coisas assim, a sua mente já sente o prazer no momento anterior. E quando você começar a ler essas coisas já vai ficar feliz”, afirma Victor.
“A maior dica é que você tem que amar. Não é uma coisa que você já nasce, você adquire o amor pela matéria, instituindo mini-hábitos, conhecendo pessoas legais e no mesmo objetivo e transformando tudo na forma mais prazerosa, envolvendo a família.”