29 de abril de 2024 09:17

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Reviravolta no caso Hyara: polícia conclui que adolescente foi morta por cunhado de nove anos durante brincadeira

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Reviravolta no caso Hyara: polícia conclui que adolescente foi morta por cunhado de nove anos durante brincadeira

A Polícia Civil (PC) da Bahia finalizou o inquérito policial sobre a morte da adolescente Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, que aconteceu em julho deste ano em uma comunidade cigana, na cidade de Guarantinga, no sul da Bahia. O caso foi concluído e encaminhado para a Justiça, na quinta-feira (10). O anúncio foi feito nesta sexta-feira (11) pela PC.

Segundo a investigação, o tiro que matou a adolescente foi disparado de forma acidental pelo cunhado da adolescente, quando a criança, de nove anos, e Hyara brincavam com a arma no quarto dela.

“A Hyara falou: ‘Finja que você vai me assaltar e como você faria’. O menor, no manusear da arma, que estava carregada, pressionou o gatilho, ocorrendo o disparo”, disse o coordenador da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior /Eunápolis, Paulo Henrique de Oliveira.

O marido de Hyara Flor, que também tem 14 anos, era considerado o principal suspeito de matar a companheira. Ele apreendido no dia 26 de julho, em Vila Velha, no Espírito Santo.

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A investigação inicial apontava que o crime teria sido cometido por vingança após um relacionamento extraconjugal entre a mãe do adolescente e o tio da vítima. No entanto, conforme a polícia, a versão não se sustentou com provas.

Questionado sobre se o adolescente será solto após a conclusão do inquérito, o coordenador Paulo Henrique de Oliveira, disse que a decisão depende do Ministério Público da Bahia (MP-BA), responsável pelo pedido de apreensão preventiva. Até a manhã desta sexta, ele seguia no local.

Em nota, o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) informou que não pode divulgar informações sobre adolescentes que ingressam, cumprem e/ou cumpriram medida socioeducativa de internação nas unidades da instituição. O motivo é que a divulgação viola o princípio da proteção integral, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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Brincadeira entre vítima e cunhado

As investigações apontaram que o marido de Hyara Flor estava na casa dos pais, com um parente da vítima, que fica ao lado do imóvel do casal, onde aconteceu o crime. As duas residências têm um acesso em comum pelo fundo.

“O menor disse que a arma caiu no chão e o irmão, que estava no outro cômodo, descarregou a arma e colocou em cima da penteadeira”, contou.

Essa versão já havia sido apontada pelos familiares do companheiro e do cunhado de Hyara. Mas era rechaçada pela família da garota, que apontava que o crime teria ocorrido por vingança, já que um tio de Hyara teria um relacionamento extraconjugal com a sogra da garota.

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Relembre o caso

Hyara Flor, de 14 anos, foi morta após ser baleada no queixo, dentro da casa em que ela vivia com o marido. O crime aconteceu no dia 6 de julho e a adolescente foi socorrida para Hospital Municipal de Guaratinga, mas não resistiu.

Dentro da casa, foi encontrado uma pistola calibre 380, com dois carregadores e munições. Os objetos foram apreendidos e encaminhados à perícia.

A necropsia do corpo provou que o tiro fez com que a garota asfixiasse no próprio sangue, até a morte.

O crime aconteceu apenas 45 dias após o casamento dela com outro adolescente de 14 anos, que também faz parte da comunidade cigana. O jovem está apreendido no Espírito Santo.

Envie sugestões de pauta ou denúncia para o WhatsApp do Jornal Sou de Palmas: (63) 9 9223-7820.

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