O iFood, maior serviço de delivery do país, foi invadido na noite desta terça-feira (2) e nomes de restaurantes foram trocados por ataques contra diversos alvos, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as vacinas contra o coronavírus e até contra Marielle Franco, vereadora carioca assassinada em março de 2018.
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A invasão é um dos assuntos mais comentados no Twitter neste momento, com diversos usuários postando imagens do aplicativo em que os estabelecimentos comerciais aparecem com seus nomes substituídos por ofensas e palavras negacionistas. Também houve mensagens de apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022.
Segundo informações divulgadas por vários veículos de imprensa, uma das hipóteses é de que o caso seja uma retaliação de hackers contra a decisão da companhia de cancelar o patrocínio ao Flow, podcast criado pelo influenciador digital Monark. A decisão seria motivada por declarações que endossariam a homofobia e o racismo. O influencer chegou a protestar nas redes sociais ontem contra o fim do contrato.
Até o momento, a única manifestação oficial do iFood foi uma nota enviada ao UOL, em que a empresa reconhece a invasão, mas não confirmou, nem negou, que o episódio é um ataque hacker. A empresa acrescentou que cerca de 6% dos restaurantes cadastrados foram afetados.
Segundo a companhia, não há indícios de vazamento de dados dos usuários cadastrados, como informações pessoais e de cartões de crédito.
Veja a nota do iFood enviada ao UOL:
“Na noite de hoje, 2 de novembro, o iFood identificou que alguns estabelecimentos cadastrados na plataforma tiveram seus nomes alterados. Aproximadamente 6% dos estabelecimentos foram afetados. A empresa tomou medidas imediatas para sanar o problema e proteger os dados de restaurantes, consumidores e entregadores. Em investigações preliminares, a empresa informa que não há qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais cadastrados na plataforma, tampouco de dados de cartão de crédito.”