20 de maio de 2024 16:35

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Racha no PCC: Marcola foi chamado de “delator” por 02 da facção

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Racha no PCC: Marcola foi chamado de “delator” por 02 da facção
Agentes usam carabinas IMBEL IA2 5,56 adquiridas pelo governo em 2016 durante escolta de Marcola - Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um dos protagonistas do maior racha na cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), Roberto Soriano (foto em destaque), o “Tiriça”, uniu-se a aliados para pedir a morte e a expulsão do líder máximo da facção, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Informações do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) dão conta de que, para Soriano, Marcola agiu como um “delator” ao chama-lo de “psicopata”. Ao emitir o “salve” contra o 01, Tiriça ainda teria argumentado que Marcola “só pensa nele” e é displicente com o comando da organização.

Racha no PCC: Marcola foi chamado de “delator” por 02 da facção

 

A ordem, no entanto, foi rechaçada pela “sintonia final” – a cúpula – do PCC, que não viu gravidade na fala do líder do PCC e determinou a expulsão de Roberto Soriano e aliados por “traição” e calúnia.

Motivo da discórdia, o diálogo foi gravado entre Marcola e policiais penais federais, na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO). A declaração acabou usada por promotores durante o julgamento de Roberto Soriano.

Assassinato de psicóloga

O criminoso, que cumpre pena atualmente na Penitenciária Federal de Brasília, junto a Marcola e outros líderes do PCC, foi condenado a 31 anos e seis meses de prisão, em 2023, por ser o mandante do assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo.

A servidora pública trabalhava na penitenciária federal de segurança máxima de Catanduvas (PR) e teria sido vista pelos criminosos como um “alvo fácil”.

O crime, cometido em 2017, seria uma ação do PCC contra o rigor do regime adotado no Sistema Penitenciário Federal (SPF). Segundo as investigações, a facção considera que os presos sofrem “opressão” do Estado, pelo fato de o esquema de segurança não prever visitas íntimas e de o contato com advogados e parentes ser estritamente por meio de parlatório, o que não favorece a entrada de drogas, celulares e, sobretudo, a entrega de bilhetes nas prisões.

Gravação

Como divulgado com exclusividade pela coluna Na Mira, a primeira conversa ocorreu em junho de 2022. Na ocasião, Marcola falou sobre a “imagem” que as pessoas têm dele. Camacho chegou a dizer que não é um “cara bonzinho”, mas “perigoso de verdade”. Porém, destacou não ser a favor da “violência gratuita”.

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