POLÊMICA: policiais civis alegam estarem sendo perseguidos pela Corregedoria da SSP-TO; entenda o caso

A policial civil do Tocantins, Chislaine Moreira Cardoso, e seu colega de profissão, Dalberto Junior, alegaram, na manhã desta quinta-feira (27), que estão sendo perseguidos pela Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado, por manifestarem suas opiniões em uma rede social.

Em conversa com a redação do Jornal Sou de Palmas, Chislaine contou que está sendo punida pelo órgão por ter feito um comentário, em uma postagem da Secretaria, criticando o apoio do delegado Wlademir Costa ao atual presidente da OAB – Seccional Tocantins, Gedeon Pitaluga. O advogado é acusado de estelionato e também já foi alvo de uma Operação da Polícia Federal, que investigava um esquema de venda de sentenças no TJ.

Na publicação, o órgão informou que o delegado havia participado da cerimônia de posse de Gedeon. Ao ver o registro, a policial disparou: ”Mas ele responde alguns processos criminais??? E Delegado está prestigiando??? Algo errado não está certo… Pelo visto, daqui pra frente é só pra trás mesmo…. triste”

Após o comentário, o Corregedor-Geral da Segurança Pública, Wanderson Chaves de Queiroz, instaurou uma sindicância na Corregedoria de suposta infração disciplinar contra Chislaine. Entretanto, o mesmo que relatou o caso, foi o responsável por acatar a denuncia. Segundo a policial, o Corregedor fez ato de abuso de poder.

De acordo com o Despacho assinado por Wanderson, Chislaine teria desrespeitado seu superior ao fazer tal comentário.

Para a policial, além de sofrer a perseguição ela também está sendo vítima de assédio moral. Segundo ela, recentemente outros delegados também foram punidos por fazerem críticas ao governo nas redes sociais.

No caso de Dalberto Junior, ele estaria sendo prejudicado por conta de um comentário, feito num grupo de WhatsApp, falando sobre as ações dos delegado Wlademir. “Infelizmente, ele [Wlademir] tem trabalhado mais como sindicalista de delegados insensíveis, que visam aumentar mais ainda esse fosso salarial na PC/TO”, disse o policial.

Além de expor sua opinião, Dalberto chegou a convocar os colegas a protocolar um pedido formal junto ao governo do Tocantins de seu afastamento.

Após a repercussão do caso, várias entidades de servidores da Polícia Civil emitiram nota de repúdio sobre as ações da Corregedoria.

A redação do Sou de Palmas entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do estado e aguarda um posicionamento.

Confira a publicação:

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