O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), também conhecido como filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou a operação da Polícia Civil do Distrito Federal que tem como um dos alvo o irmão mais novo dele, Jair Renan Bolsonaro. Segundo Flávio, a situação causa estranheza, já que o irmão “não tem a menor capacidade” e “não tem onde cair morto”.
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A Operação Nexum, deflagrada na manhã desta quinta-feira (24), cumpre cinco mandados de busca e apreensão, além de dois mandados de prisão, e mira um grupo suspeito de crimes como estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
“Perseguição desenfreada”
De acordo com o senador, não há motivos para suspeitas contra o irmão. “Pelo que eu conheço do Renan, ele não tem a menor capacidade de fazer isso, ele está trabalhando. Me causa estranheza, porque é uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro”, disse ele em entrevista.
“Não faz sentido. Eu espero que os investigadores continuem procurando pelo em ovo independente do sobrenome. Eu espero que esse mesmo critério seja aplicado para todos. Ao que parece é mais uma vez uma perseguição desenfreada em cima de Bolsonaro e seu entorno”, completou Flávio.
Crimes
Por meio de nota, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que os mandados são cumpridos “com o objetivo de reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal”. Jair Renan teve dois endereços vasculhados pelas equipes, em Brasília e também em Santa Catarina.
“A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, ‘testa de ferro’ ou ‘laranja’, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas ‘fantasmas’, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”, diz o texto da Polícia Civil.
As diligências de hoje visam apreender bens e documentos especificamente relacionados aos fatos apurados no âmbito da investigação policial, bem como colher outros elementos de convicção relacionados aos investigados.
O principal alvo da operação é Maciel Carvalho, de 41 anos, ex-instrutor de tiro de Jair Renan que foi preso em janeiro deste ano. Ele já havia sido alvo de outras duas operações da Polícia do DF – ‘”Succedere” e “Falso Coach”. Ele é apontado pelos investigadores como o suposto mentor do esquema.
Operação Nexum
O nome da operação faz alusão ao antigo instituto contratual do direito romano, “nexum”, representando a passagem do dinheiro e transferência simbólica de direitos. A operação teve a participação de 35 policiais do Decor e da Divisão de Inteligência Policial da PCDF, bem como da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina.
Os investigados são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.
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