O opositor russo Alexei Navalny morreu nesta sexta-feira (16) na prisão, após se sentir mal, informou o serviço penitenciário da região de Yamalo-Nenets, na região ártica da Rússia, onde ele cumpria pena há cerca de três anos.
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O Serviço Penitenciário Federal disse em comunicado que Navalny perdeu a consciência durante uma caminhada. Segundo a agência norte-americana Associated Press, uma ambulância chegou para tentar reanimá-lo, mas não conseguiu.
Não houve confirmação imediata da morte de Navalny por parte de sua equipe. O governo russo disse não ter nenhuma informação sobre a causa da morte.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou estar “profundamente entristecido e perturbado” pelos relatos da morte de Navalny e exigiu que a Rússia esclareça as circunstâncias do ocorrido.
Navalny, de 47 anos, era um ex-advogado que ganhou fama ao satirizar o presidente Vladimir Putin e fazer acusações de corrupção por parte do governo. Na década de 2010, por exemplo, ele liderou um movimento contra Putin que levou milhares de pessoas às ruas do país.
Ele foi detido por forças russas em janeiro de 2021 após retornar da Alemanha, onde foi tratado por uma suspeita de envenenamento. À época, a Rússia negou ter tentado matá-lo (relembre mais abaixo).
Desde então, Navalny recebeu três sentenças de prisão, todas as quais rejeitou por terem motivação política. Ao todo, ele foi sentenciado à prisão até completar 74 anos — ou seja, por mais de 30 anos — por acusações que, segundo ele, foram forjadas para mantê-lo afastado da política.
Ele chegou a anunciar sua candidatura presidencial, em 2016, para em seguida criar uma rede de comitês eleitorais, de Kaliningrado até Vladivostok. Porém, a Comissão Eleitoral Central da Rússia informou que ele não poderia concorrer devido a uma condenação na Justiça.
À época, ele foi considerado culpado de fraude e recebeu uma sentença de cinco anos de prisão.
Vale lembrar que Putin é conhecido por reprimir seus opositores, tanto que muitos críticos a seu governo fugiram ou foram presos. Sempre que o atual presidente russo falava de Navalny, fazia questão de nunca mencionar o ativista pelo nome, referindo-se a ele como “aquela pessoa” ou expressão semelhante, num aparente esforço para diminuir a sua importância.
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