O foguete SLS (Space Launch System, Sistema de Lançamento Espacial) da Nasa, o mais potente do mundo, decolou nesta quarta-feira (16) da Flórida com destino à Lua, na primeira missão sem tripulação do programa Artemis da Agência Espacial dos Estados Unidos. O foguete subiu com uma gigantesca bola de fogo às 1h47 locais (3h47 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy.
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Após dois cancelamentos de último momento há alguns meses por problemas técnicos e após as passagens de dois furacões que adiaram o lançamento por várias semanas, a terceira tentativa teve sucesso.
O evento marcante deu início a uma jornada que enviará uma espaçonave não tripulada ao redor da lua, abrindo caminho para a Nasa levar os astronautas à superfície lunar pela primeira vez em meio século.
No topo do foguete está a espaçonave Orion, uma cápsula em forma de goma que se separou do foguete depois de chegar ao espaço. Orion foi projetado para transportar humanos, mas seus passageiros para esta missão de teste são da variedade inanimada, incluindo alguns manequins que coletam dados vitais para ajudar futuras tripulações vivas.
Orion agora está voando em órbita com apenas um grande motor. Esse motor emitirá duas queimas poderosas nas próximas horas para colocar a espaçonave na trajetória correta em direção à lua. Então, cerca de duas horas após a decolagem, o motor do foguete também cairá, e Orion será deixado para voar livremente pelo restante de sua jornada.
Espera-se que a cápsula percorra cerca de dois milhões de quilômetros, seguindo um caminho que a levará mais longe do que qualquer outra espaçonave projetada para o voo humano já percorreu, de acordo com a Nasa. Depois de orbitar a lua, Orion fará sua viagem de volta, completando sua jornada em cerca de 25 dias.
Terceira tentativa
Esta é a terceira tentativa de lançamento da missão. A primeira, em 29 de agosto, foi adiada após a constatação de defeito em um sensor de temperatura. O outro adiamento foi em 4 de setembro, ao ser identificado um vazamento de hidrogênio líquido em uma interface entre o foguete e o lançador móvel.
A Nasa chegou a cogitar um lançamento no dia 12. No entanto, problemas causados pelo Furacão Nicole em uma vedação – entre uma ogiva do sistema de aborto de lançamento e um adaptador do módulo da tripulação – fez com que a partida fosse novamente adiada antes mesmo de a contagem regressiva ser iniciada.
A primeira viagem não tripulada da Artemis I marca uma série de testes na órbita da Lua, tanto em relação aos equipamentos quanto à cápsula Orion, que deve levar até quatro astronautas na segunda etapa da missão, prevista para ocorrer até 2026.
A missão pretende ampliar a atuação no sistema solar, de forma a construir uma base lunar permanente, sustentável e fazer com que a Lua seja um ponto de apoio para projetos em Marte.
O voo de volta à Lua, organizado pela Nasa em parceria com 21 países, entre os quais, o Brasil, representa o retorno ao satélite 50 anos após a última viagem tripulada, em 1972, com a Missão Apollo.
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