O Tribunal do Júri condenou Wilton Rodrigues Rosa a mais de 14 anos de prisão pela morte da ex-companheira Elizanya dos Santos Rodrigues. O crime aconteceu em Araguaína, em fevereiro de 2021. Na época o homem passou horas com o corpo, durante a madrugada, e tentou simular um assalto antes de chamar a polícia.
O julgamento aconteceu na terça-feira (19). O réu ainda pode recorrer da decisão.
Na época do crime Wilton Rodrigues ainda morava na mesma casa que a mulher, mas estaria inconformado com o fim do relacionamento. Ele negou a autoria do crime e chegou a dizer para a polícia que Elizanya teria sido vítima de um assalto.
A mulher foi encontrada em sua cama, assassinada com um golpe de faca. A investigação apontou que ela foi esfaqueada enquanto estava dormindo. Para o Ministério Público, a vítima foi pega de surpresa e não teve chances de fugir ou se defender.
Simulação de assalto
No dia do crime o homem contou à polícia que encontrou a ex-esposa já morta por volta das 5h30, em decorrência de um assalto ocorrido à meia-noite. Também alegou que não teria conseguido acionar a polícia antes, devido à falta de sinal no telefone celular e de problemas na sua moto.
O laudo pericial técnico realizado no local verificou que a casa não possuía sinais de arrombamento. Além disso, a arma do crime, com manchas de sangue, foi encontrada pela polícia escondida no quintal.
O laudo também concluiu, pelas condições do corpo da vítima, que a morte ocorreu às 5h da manhã e não à meia-noite.
Com base nas provas o réu foi condenado por assassinato qualificado por feminicídio, motivo fútil, com utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena é de 14 anos e quatro meses de prisão.