Nesta quinta-feira (18), estreou a nova edição do programa “No Limite”. Porém, essa temporada já começa com uma diferença em relação às anteriores. Intitulado de “No Limite Amazônia”, dessa vez, tudo irá acontecer dentro da Floresta Amazônica. Já no primeiro dia os conflitos começaram. Antes mesmo de iniciarem as provas, já se criou um climão entre os participantes.
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Ao todo, serão 15 competidores, e eles já foram divididos em dois times. A liderança indígena, Ivete Tukano, explicou que haviam separado dois símbolos que representariam cada equipe. O primeiro, era o grafismo da jiboia, que foi pintado com a tinta natural do jenipapo; por isso, o grupo 1 ficou com o nome de “Jenipapo”.
O outro time utilizou o elemento sagrado de jabuti, com a pintura do urucum, sendo assim, o grupo 2 foi intitulado de “Urucum”. Logo a seguir à explicação, cada participante precisou pegar uma pedra que estava em suas mochilas e entregar a alguém que não gostaria que participasse de sua equipe. Depois dessa dinâmica, um tanto quanto embaraçosa, as duas pessoas que mais receberam pedras foram as escolhidas para montar os dois times.
No final da escolha de grupos já aconteceu, possivelmente, a primeira polêmica do programa. Como eram 15 pessoas, em uma divisão igual, sobraria um jogador. E quem sobrou foi uma mulher gorda, a influenciadora Amanda Momente. “Amanda, por que você acha que ficou de fora?“, indagou o apresentador Fernando Fernandes.
Sem hesitar, a participante respondeu: “Porque eu sou gorda, com certeza. Infelizmente, eu já sabia que eu ia ser muito subestimada. Eu fico emocionada, mas é mais por ver o quanto está enraizada essa questão e esse preconceito“. Amanda é uma influenciadora e empresária no ramo de roupas esportivas plus size. A participante foi às lágrimas ao notar que tinha sobrado e ao falar o motivo que acreditava tê-la excluído.
“Não tenho dúvidas que as pessoas vão me considerar um elo fraco, não tenho dúvidas. Ter uma mulher gorda aqui e poder representar a minha comunidade é bem emocionante pra mim“, disse Amanda, emocionada, em um momento de apresentação somente com a produção do programa. “Há seis anos eu criei uma marca de performance esportiva, porque eu queria muito fazer atividade física e não tinha roupa. Eu estou muito curiosa, eu quero muito ver a cara que as pessoas vão fazer. Muitas vezes já chegaram pra mim e falaram: ‘Nossa, eu queria ter essa coragem, de usar essa roupa’. Coragem por quê?“, completou.
Em outro momento da exibição, uma das participantes, a Carol Nakamura, estava justificando para a Amanda as escolhas da equipe. “Não é isso, gente. Essa é uma situação que eu já estou habituada, infelizmente, a viver. Porque, culturalmente, hoje, o corpo gordo ele é julgado, entendeu? Ele é julgado como preguiçoso, é cultural isso. Todo mundo cresce, eu tenho certeza que todo mundo aqui já julgou alguma vez. Então eu espero, assim, eu, normalmente, não explico com tanta educação, que vocês aprendam a não fazer isso na vida de vocês. Porque, se eu estou aqui é porque eu estou qualificada para estar“, pontuou.
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