No dia 22 de janeiro, o município de Araguacema, na região oeste do Tocantins, iniciou sua campanha de vacinação contra a Covid-19. Uma das primeiras pessoas a serem imunizadas, foi a secretária de saúde da cidade, Jussara Morais Meneses. Diante isso, profissionais de saúde que trabalham na linha de frente contra a pandemia, mostraram-se indignados com a situação, pois foram informados que não haveria vacina para todos eles.
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A notícia publicada no próprio site da prefeitura sobre o início da vacinação informa que Araguacema recebeu apenas 32 doses de vacinas na primeira remessa. O texto destaca que no evento “A secretária de saúde, Jussara Morais Meneses fez uma breve fala sobre os critérios usados e a dificuldade para escolher dentre os 107 funcionários da linha de frente somente 32”.
A secretária da cidade foi procurada para que ela explicasse qual foi o critério usado para incluí-la na lista. A gestora respondeu que se enquadra nos critérios “por fazer parte do grupo de risco por comorbidades (diabetes, obesidade, contato direto com a população, pacientes e servidores da saúde)”.
Ela disse ainda que participa de reuniões constantes com servidores da saúde, do hospital e das unidades de saúde. A secretária destacou que a lista foi elaborada pelo comitê de enfrentamento a pandemia.
Sobre o ritmo de vacinação dos profissionais da saúde na cidade, a secretária respondeu que o município recebeu mais 30 doses da vacina nesta quinta-feira (28) e que espera mais 39 doses na próxima semana. A previsão da gestora é que todos os profissionais da área em Araguacema estejam vacinados até o dia 10 de fevereiro.
Ainda não é possível saber se o caso de Jussara Meneses é um dos que o Ministério Público do Tocantins está investigando para saber se houve desrespeito à fila para vacinação. Na quarta-feira (27) o MP informou que está apurando sete casos do tipo em todo o Tocantins, mas não especificou quem são os envolvidos ou em quais municípios eles teriam ocorrido.