18 de maio de 2024 06:46

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Febre maculosa: Após frequentarem a mesma festa em uma fazenda, três pessoas morrem com a doença em SP

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Febre maculosa: Após frequentarem a mesma festa em uma fazenda, três pessoas morrem com a doença em SP

Após frequentarem uma festa na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio, que reuniu 3,5 mil pessoas, o piloto de automobilismo Douglas Costa, sua namorada, a dentista Mariana Giordano e Evelyn Karoline Santos, de 28 anos, morreram por febre maculosa.

A causa das mortes foram confirmadas pelo Instituto Adolfo Lutz nesta segunda-feira (12) e terça-feira (13) em São Paulo. Todas as vítimas apresentaram febre alta, dores e manchas vermelhas na pele.

A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) confirmou que uma adolescente de 16 anos que estava internada com suspeita de febre maculosa morreu na noite desta terça-feira (13).

Medidas de segurança no local da festa

De acordo com a Prefeitura de Campinas, o Departamento de Vigilância em Saúde desencadeou uma série de ações de prevenção, informação e mobilização contra a febre maculosa na fazenda Santa Margarida.

“A fazenda só poderá fazer novos eventos quando apresentar um plano de contingência ambiental e de comunicação. Os responsáveis pelo local foram notificados sobre a importância da sinalização quanto ao risco da febre maculosa”, explica a administração da cidade.

Entenda a doença

A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria transmitida por meio da picada de uma das espécies de carrapato, a Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela.

El desencadeia um quadro febril agudo, pode se apresentar de forma assintomática até casos mais graves, com grandes chances de morte.

Conforme relatos, Mariana notou marcas de picada de inseto em seu corpo após viajar para Campinas. Posteriormente, o casal viajou para Monte Verde, distrito do município mineiro de Camanducaia, mas ela começou a apresentar os sintomas no segundo dia de estadia.

Seus sintomas podem ser confundidos com outras doenças que causam febre alta. O período de incubação é de dois a 14 dias. As manifestações de febre maculosa no casal começaram no dia 3 de junho e eles morreram dia 8.

Lugares de maior incidência

Em São Paulo, há duas espécies da bactéria. Os municípios de Campinas — onde o casal esteve — e de Piracicaba, também no interior, são, hoje, os dois que apresentam maior número de casos registrados da doença.

Existem no Brasil dois perfis ecoepidemiológicos associados às bactérias e eles se concentram no Sudeste e Sul, principalmente. Por isso, é raro o registro de caso/óbitos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Rickettsia rickettsii, que leva ao quadro de Febre Maculosa Brasileira (FMB) considerada a doença grave, registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste.

Rickettsia parkeri, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará), produzindo quadros clínicos menos graves.

Ambas as versões — Rickettsia rickettsii e a Rickettsia parkeri — são potencialmente letais e demandam atendimento rápido para o recebimento de antibiótico específico.

“A Secretaria de Estado da Saúde reforça que as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença”, cita o órgão.

Com a identificação das novas mortes, São Paulo chega a 12 casos da doença e seis mortes.

Envie sugestões de pauta ou denúncia para o Whatsapp do Jornal Sou de Palmas: (63) 992237820

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