O Instituto Médico Legal (IML) de Palmas tinha até as 16h de ontem (25) para recolher o corpo de Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como Dad Charada, para realizar um novo exame de necropsia. Portanto, a decisão liminar não foi cumprida, e até o início da manhã desta quarta-feira (26), a família recusava-se a realizar o enterro do falecido, que morreu há três dias.
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Conforme nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública, o laudo do exame cadavérico foi realizado ainda no domingo (23) e indicou lesões no pescoço compatíveis com enforcamento, não apresentando, contudo, sinais de agressão. As informações são do G1 Tocantins.
Dad Charada
Charada, apontado pela Polícia Civil como mandante de 50 mortes em Palmas, foi encontrado morto na cela do Presídio Barra da Grota, em Araguaína, no início da manhã de domingo (23), há mais de 72 horas.
O corpo está sendo velado na casa da família desde sua chegada a Palmas, na madrugada de segunda-feira (24), já se passaram mais de 48 horas desde então.
O pedido para a realização de um novo exame foi feito pela defesa da família de Carlos Augusto, após o atestado de óbito ter apontado a causa da morte como “suicídio”. A família suspeita que Charada possa ter sido assassinado devido a ameaças que estaria recebendo.
Além disso, segundo os advogados, o IML ignorou possíveis indícios de lesões e hematomas no corpo que foram observados pela família durante o velório.
O enterro estava programado para ocorrer às 10h de terça-feira. Porém, como o IML não realizou um novo exame no corpo, a defesa apresentou novamente um recurso na Justiça, alegando, desta vez, descumprimento de decisão judicial.
A manifestação contra a Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota e o IML foi protocolada na 1ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Araguaína pouco após as 18h desta terça-feira (25).
Os advogados da família solicitaram a nomeação de um perito para refazer o exame no corpo do detento e que a multa pelo não cumprimento da decisão, inicialmente fixada em R$ 30 mil, seja aumentada para R$ 100 mil por dia, revertendo-se em favor da autora da ação, mãe de Carlos Augusto.
Em uma nova manifestação, o juiz plantonista que havia concedido a liminar para o novo exame encaminhou o caso para o juiz titular, que deverá assumir o processo. Até o momento, não há uma nova decisão.
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