7 de maio de 2024 02:09

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Fake News: Mulher é indiciada por divulgar vídeo dizendo que pedras estavam sendo enterradas no lugar das vítimas de Covid-19 em BH

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Fake News: Mulher é indiciada por divulgar vídeo dizendo que pedras estavam sendo enterradas no lugar das vítimas de Covid-19 em BH

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou a mulher que divulgou um vídeo fake dizendo que caixões com pedras e pedaços de madeira estavam sendo enterrados em Belo Horizonte no lugar de vítimas da Covid-19. O inquérito foi concluído e divulgado nesta segunda-feira (24). Valdete Zanco vai responder pelo crime de denunciação caluniosa e pela contravenção penal de provocar pânico e tumulto.

No mês de abril, circulou pelas redes sociais um vídeo em que a mulher afirmava que encontraram pedra e madeira ao abrir caixões de vítimas do coronavírus em cemitérios municipais de Belo Horizonte (MG).

“Mandaram arrancar todos os caixões para poder fazer o exame e ver se é coronavírus mesmo. Sabe o que tem dentro do caixão? Pedra e madeira. Um monte de caixão cheio de pedra e madeira”, dizia ela no vídeo. A mensagem era fake.

De acordo com o delegado Wagner Salles, a mulher vai responder em liberdade até a decisão da Justiça. Além de multa, ela pode pegar até 8 anos de prisão.

“A Polícia Civil, quando tomou conhecimento desse vídeo, compareceu no interior do estado, identificou essa autora e ela foi ouvida. Ela produziu o vídeo, divulgou em família, mas também para outras pessoas. É preciso que saibam que determinados atos em redes sociais trazem efeitos e consequências para a vida real. Quem compartilha também pode ser indiciado. Internet não é terra de ninguém”, disse Salles, chefe do 1º Departamento de Polícia Civil.

Na época, a Prefeitura de Belo Horizonte esclareceu que as informações do vídeo eram falsas, pois não houve pedidos de exumação de corpos para que fossem feitos exames na cidade.

“A pessoa sugere que caixões de vítimas de Covid-19 estão sendo desenterrados nos cemitérios da capital. São informações sem fundamento”.

Entenda o caso

No dia 5 de maio, a PCMG instaurou inquérito para apurar a publicação do vídeo. No dia seguinte, uma equipe de policiais compareceu ao município de Campanha, no Sul do estado, onde identificou e localizou a autora do vídeo. A suspeita foi conduzida até a Delegacia de Polícia da cidade, onde prestou depoimento. Ela ainda teve o aparelho celular apreendido para exames periciais.

Alexsander Pereira, advogado de Valdete, divulgou uma nota, na época, com pedido de desculpas. “Valdete reconhece humildemente o erro e pede perdão ao Município de Belo Horizonte e seu Ilustre Prefeito e a todos quantos foram atingidos negativamente por este equívoco que cometeu”, disse o advogado em nota.

Na nota, o advogado disse que ela teria visto no Facebook a história dos caixões com pedras e pedaços de pau no lugar das supostas vítimas do novo coronavírus. E que, no mesmo dia, um cliente de sua loja teria comentado sobre o fato.

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